segunda-feira, 4 de maio de 2009

Emoção e garra de campeão

Por Marcelo Ramos
Finalmente saiu o campeão carioca de 2009. O Flamengo conseguiu alcançar duas marcas importantes após esta vitória. Sagrou-se tricampeão pela quinta vez em sua história e conquistou o seu 31º Campeonato estadual, superando o rival Fluminense.
O jogo foi cercado de todos os ingredientes de uma boa partida, com emoção, garra, força, decepções e conquista. No início, o Flamengo foi pressionado pela forte marcação do Botafogo, que iniciou a partida com um esquema diferente, o 3-6-1, pois havia perdido Maicosuel e Reinaldo na primeira partida. O alvinegro mantinha quase que uma marcação individual na saída de bola do adversário, fazendo com que este errasse muitos passes, demonstrando certo nervosismo inicial. Tanto que após 17 minutos de jogo, o time de General Severiano já havia finalizado quatro vezes ao gol. Mas aí foi que começou a surgir a estrela do time campeão, aos 20 minutos o rubro-negro teve uma bola alçada na área e Kleberson com uma bela cabeçada desviou para o gol (Ronaldo Angelim ainda tentou colocar o pé, mas o árbitro deu o gol para Kleberson), após uma falha do goleiro Renan que saiu no vazio. Com a ausência de dois de seus principais jogadores, com uma torcida infinitamente inferior e com um a zero no marcador, o time de General Severiano se lançou a frente e o Flamengo passou a dominar a partida, apesar de o alvinegro ter tido algumas boas chances de gol, com Victor Simões e Túlio Souza, este em cobrança de falta, aos 30 minutos, colocou uma bola no travessão do goleiro Bruno. Mas, aos 38 minutos do primeiro tempo, Kleberson, um dos nomes do jogo, bateu uma falta da entrada da área, a bola ainda desviou em Alessandro e enganou o goleiro Renan que apesar de tentar não conseguiu evitar o segundo gol do time da Gávea, que a esta altura deixava sua grande torcida com a esperança do tricampeonato no tempo normal.
O segundo tempo começou da mesma maneira que o primeiro, com uma forte marcação do Botafogo, porém com uma alteração no alvinegro, a entrada de Jean Carioca no lugar de Emerson e mudança no esquema tático, passando a jogar no 4-4-2. E logo no primeiro minuto da segunda etapa, pênalti para o Fogão, a bola bateu no braço de Juan dentro da área e o árbitro Péricles Bassols não teve dúvida e marcou a infração. Victor Simões bateu e Bruno com ótima elasticidade pegou. Porém, o Botafogo parece que ganhou em força e partiu com tudo pra cima do adversário, tanto que o Flamengo teve duas oportunidades para ampliar o marcador, com Renan e Juninho salvando respectivamente o alvinegro. Mas veio a compensação por tanta luta, aos 16 minutos da etapa final, Juninho, novamente em cobrança de falta, acertou um belo chute, sem defesa para Bruno. E em uma bobeada da defesa do rubro negro, Túlio Souza se aproveitou e empatou a partida, calando temporariamente a massa vermelha e preta no Maracanã. O jogo mais uma vez voltou a ganhar em emoção e garra dos dois times, porém foi o Flamengo quem voltou a dominar a partida. O vermelho e preto ainda teve mais algumas chances de ampliar o marcador, mesmo perdendo Fabio Luciano, expulso inacreditavelmente por colocar a mão na bola em um ataque rubro-negro. Final de jogo, mais um empate entre os times e o Campeonato iria ser decidido nas cobranças de pênalti, onde uns dizem que é loteria e outros falam em competência. E como o dia era do Flamengo, Bruno defendeu as cobranças de Juninho e Leandro Guerreiro, enquanto os jogadores do rubro negros converteram todos os seus pênaltis. Parabéns ao Clube de Regatas do Flamengo!

O cracaço do jogo: Bruno e Kleberson (Flamengo) A pururuca: Victor Simões (Botafogo) e Obina (Flamengo).

Um comentário:

  1. Cracaço e a "pururuca"?? Po, acho que isso vai pegar hein! Gostei dos textos aqui expostos, muito bons...Parabéns!

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