quinta-feira, 21 de maio de 2009

Acordou tarde

Por André Luiz Nogueira

O Fluminense, que precisava da vitória para manter-se vivo na Copa do Brasil, já que perdera o primeiro jogo no Pacaembu por 1x0, não passou de um empate em 2x2 com o Corinthians ontem no Maracanã. Empurrado por sua torcida que lotou o maior do mundo, o tricolor começou pressionando, mas foi o timão quem abriu o placar. Chicão, em linda cobrança de falta, fez 1x0. Em outro lance, Dentinho, em ótima jogada, lançou Jorge Henrique que, de coxa, marcou o segundo do time paulista. Isso tudo antes dos vinte minutos do primeiro tempo, que ainda teve um gol de Fred anulado pelo arbitro Carlos Eugênio Simon, assinalando o impedimento do artilheiro.
No segundo tempo, Parreira colocou Dieguinho e Alan nos lugares de Eduardo Ratinho e Maicon, respectivamente. Logo as mudanças surtiram efeito, Conca chutou da entrada da área, Felipe deu rebote e Alan de cabeça marcou para os cariocas. O gol acendeu de vez a torcida, que viu Conca achar Thiago Neves livre na área para marcar o segundo. Mas ai já era tarde, a vaga era do Corinthians, que agora pega o Vasco da Gama pelas semi-finais da Copa do Brasil.

Atrás da bola

Por Claudine Peixoto

Quartas de final da Copa do Brasil. Rivalidade, expectativa, esperança e torcida estiveram presentes em cada jogador e torcedor de Fluminense e Corinthians. O estádio do Maracanã foi o palco deste jogo que começou bem antes de 21:55h do dia 20 de maio. Durante a semana, os treinadores Carlos Alberto Parreira e Mano Menezes trocaram algumas provocações e fizeram suspense com a escalação dos times. O clima de tensão sobrou até para a torcida tricolor, que foi convocada pela diretoria do Fluminense e compareceu com mais de 64 mil pessoas numa grande festa. Teve pó de arroz e um grande mosaico com a palavra Fluzão. O time de Laranjeiras começou ofensivo, tentando impor pressão, mas aos seis minutos Chicão cobrou falta, acertou no ângulo e abriu o placar para o Corinthians.
O balde de água fria veio aos 16 minutos com Jorge Henrique, que tocou de coxa por cobertura para fazer o segundo gol do time paulista. O Fluminense parecia não acreditar no placar e se perdeu em campo. Até o fim do primeiro tempo, o time do tricolor apertou, mas não conseguiu armar nenhuma boa jogada. Fred ainda conseguiu marcar um gol que foi anulado. O Corinthians se manteve na defesa e aproveitou alguns contra-ataques com velocidade.
No início do segundo tempo, o Fluminense adotou uma postura ofensiva e partiu para cima do visitante. O goleiro Felipe espalmou alguns chutes em seqüência até o atacante Alan cabecear para fazer o primeiro gol tricolor. A torcida voltou a acreditar numa possível virada e vibrou muito quando, aos 23 minutos, Conca deixou Thiago Neves livre para marcar. Partida empatada. A esperança voltou aos corações tricolores. Mas, já era tarde demais. O Corinthians soube administrar a vantagem, conseguiu dominar o jogo, e se classificou para as semifinais da Copa do Brasil. E o grande fenômeno da noite? O dono dos flashes, Ronaldo, esteve apático durante o jogo e só chutou uma vez ao gol. O jogador corinthiano admitiu que não esteve bem nas três última partidas por conta de uma gripe e um estiramento na panturrilha direita. O camisa nova disse que, apesar da presença do técnico da seleção brasileira Dunga no Maracanã, ainda não se sente preparado para voltar à seleção. O Timão volta ao Maracanã na próxima quarta-feira para enfrentar o Vasco da Gama.

Elenco faz diferença

Por Diego Henrique

No segundo jogo pelas quartas de finais, da Copa do Brasil, Fluminense e Corinthians se enfrentaram no Maracanã. Todos esperavam gols de Fred e Ronaldo, mas, assim como na primeira partida, os coadjuvantes fizeram a diferença. O Corinthians demonstrou ter um elenco mais preparado para ganhar a competição e garantiu a classificação com um empate em 2 a 2. O Tricolor entrou em campo com a obrigação da vitória por dois gols de vantagem, enquanto o Timão jogava pelo empate e por alguns resultados em caso de derrota. O que se viu no início de jogo foi um Coringão surpreendente e um Fluminense apático. Antes dos 20 minutos, o time do Fenômeno, Ronaldo, já vencia por 2 a 0, com gols de Chicão, em cobrança de falta, e Jorge Henrique, que após receber lançamento encobriu Fernando Henrique. Esse resultado praticamente acabava com as chances do time carioca de reverter o placar, já que precisaria virar o jogo para 4 a 2. O primeiro tempo seguiu sem mais alterações no resultado.
Já na etapa final, restava ao Tricolor ir para o tudo ou nada. Além das alterações de algumas peças, promovidas pelo técnico Parreira, o que se viu foi uma mudança radical de atitude. Uma equipe mais guerreira voltou para o segundo tempo em busca de uma virada que entraria para a história do futebol. O time das Laranjeiras, ao fim do jogo, só tinha conseguido chegar ao empate, com gols do jovem Alan e de Thiago Neves. E o time paulista deixou clara a superioridade técnica que existe entre os dois clubes. Com o resultado final, o Timão garantiu a sua vaga nas semifinais, onde enfrentará o Vasco. Já a equipe do Fluminense volta as suas atenções todas para a disputa do Brasileirão.

Nem João de Deus salva o Flu

Por Fabrício Santos

O time das Laranjeiras começa a partida com uma escalação equivocada, ficando perdido os 45 minutos iniciais e deixando o Coringão abrir dois tentos (Chicão e Jorge Henrique) de vantagem com apenas 16 minutos de jogo. Empurrado por 68 mil torcedores que lotaram o Maracanã e com duas modificações os comandados de Parreira, voltam um pouco melhor no segundo tempo, fazem dois gols (Alan e Thiago Neves) em cinco minutos, mas não conseguem reverter placar adverso e dão adeus a Copa do Brasil. Mesmo com o mistério na escalação de sua equipe, o comandante tricolor, Carlos Alberto Parreira, deixou visível que estava tentando inovar colocando, em tese, o lateral-direito Eduardo Ratinho improvisado na ala esquerda. Digo em tese porque a maior surpresa ainda estaria por vir. O técnico do Fluminense fez algo que ninguém esperava, colocou Mariano (que jogaria pelo lado direito) na esquerda e puxou Ratinho para a direita tentando dar um nó tático em Mano. Porém, para azar da equipe carioca, o tiro saiu pela culatra, pois a inversão não surtiu efeito nenhum. Ao contrário, o Flu ficou perdido em campo com seus dois laterais inoperantes, tanto ofensivamente quanto na defesa.
O estrago era tão evidente que os gols da equipe paulista surgem pelo lado direito da defesa tricolor onde o atacante Jorge Henrique passeava com sua agilidade e seus dribles rápidos. No primeiro ele sofreu a falta que Chicão cobrou com maestria. Já no segundo, aproveitou belo lançamento de Dentinho e correu nas costas de Eduardo Ratinho, finalizando a jogada com um belo toque de cobertura em Fernando Henrique. Nem mesmo a polêmica envolvendo o lateral direito do Corinthians (ele afirmou que não sentiria pressão por jogar no Maraca, porque a torcida do tricolor não apoiaria o time os noventa minutos) foi capaz de motivar o tricolor carioca o suficiente. A torcida compareceu e o que se viu no maior do mundo foi uma festa linda em três cores: verde, branco e grená. Formaram-se mosaicos com as cores do time escrito FLUZÃO, alem de cânticos e gritos apoiando o time. O clima perfeito para o Flu conseguisse seu objetivo. Mas, em campo, o time não mostrou a mesma qualidade com os pés, como mostrou Thiago Neves ao rebater a declaração de Alessandro. Mesmo melhorando na etapa final, a equipe carioca não conseguir realizar a difícil proeza de marcar quatro gols. Dessa vez, nem mesmo a entoação de “A benção João de Deus”, onde a torcida clama pela ajuda do já falecido pontífice João Paulo II em uma forma de pedir aos céus uma luz divina para ajudar o Fluminense, foi capaz de salvar o clube da eliminação.

Debutando no Maraca

Por Luiz Gustavo Furlan

Maracanã com 69 mil pessoas em plena quarta-feira não é todo dia, mas com o jogo que estava por vir se explica tamanha grandeza: Fluminense x Corinthians. No jogo de volta das quartas-de-final da Copa do Brasil, o Flu precisava ganhar por dois gols de diferença, já que tinha perdido a primeira partida por 1 a 0. Caso não obtivesse êxito, seria eliminado da competição. Por outro lado (independente do resultado), aquele seria meu dia de debutante no maior estádio do mundo. Ansiedade, nervosismo e preparação foram mais que presentes. Com a máquina fotográfica molhada pelo suor das minhas mãos, registrei em filmes e fotos, o grande evento que me fez chegar as duas da madruga em casa. Também me fez entender o porquê de quase 70 mil pessoas fazerem o mesmo. É coisa de outro mundo! Não há outra palavra senão: ESPETÁCULO!
Vamos ao que interessa: para quem estava vendo o começo do jogo achava que daria Fluminense, pois nos cinco primeiros minutos o Corinthians ainda não tinha passado do meio de campo. Mas foi só a pressão de jogar no Mário Filho e ver a torcida adversária fazer um mosaico gigante com as cores do time e jogando mais de 30 quilos de pó de arroz das arquibancadas. Show à parte. Porque aos seis minutos de bola rolando, Chicão fez o primeiro gol para o time de Mano Menezes. Dez minutos depois, debaixo de chuva, Jorge Henrique marca um lindo gol de cobertura em Fernando Henrique. Já aos 30 minutos, o juiz anulou um gol de Fred por impedimento e o primeiro tempo terminou em 2 a 0.
No segundo tempo, o time das Laranjeiras resolve reagir e parte para o ataque com Alan diminuindo a diferença aos 19 minutos. Thiago Neves empata a partida em 2 a 2 (aos 23) e o jogo começa a pegar fogo com os dois times apostando tudo para chegar à classificação. Com o resultado mantido, o Corinthians eliminou o Fluminense e segue para a semifinal da Copa do Brasil. Na coletiva após a partida, Ronaldo explicou a atuação coadjuvante que teve na partida, dizendo-se estar em recuperação de uma gripe e que sofre dores por conta de uma contratura na panturrilha direita (suspeita que foi confirmada em diagnóstico posterior). Falando em debutar, Ronaldo é que não consegue marcar no Maraca. Esse foi o terceiro jogo que o atacante fez no estádio e ainda não marcou nenhum gol. As outras partidas foram em 1993, pelo Cruzeiro, e em 1998, pela Seleção Brasileira.

Maraca vira terra da garoa

Por Pedro Ferreira

“Não falam que São Paulo é a terra da garoa? Já que está chovendo, vamos aproveitar.” As palavras do jogador corintiano Wellington Saci ilustram bem o que foi esse Fluminense x Corinthians. Num jogo que será lembrado pelo show dado por mais de 65 mil torcedores, o Timão levou a melhor, empatando em 2 a 2 com o time das Laranjeiras, em pleno Maracanã, conquistando assim a vaga para as semifinais da Copa do Brasil. Quem esperava um espetáculo protagonizado por Ronaldo e Fred, assistiu a belíssima atuação dos coadjuvantes Conca e Jorge Henrique. Mesmo com uma atuação abaixo da média, o Fenômeno não comprometeu o time paulista. Questionado sobre a sua queda de rendimento, o camisa nove explicou porque estava há três jogos sem marcar. Os motivos seriam uma forte gripe e, logo em seguida, uma contratura na panturrilha direita, num treino de velocidade as vésperas da primeira partida pelas das oitavas, no Pacaembu.
No começo da partida, o Fluminense pressionou, a intenção era reverter o resultado de São Paulo. Mas o time do Parque São Jorge soube administrar a pressão. Na primeira investida ao ataque, numa falta cobrada com maestria, Chicão, aos seis minutos, inaugura o marcador. O gol acabou deixando os comandados de Parreira mais nervosos. Maicon, que tinha acabado de receber um cartão amarelo, comete falta dura em Jorge Henrique. Ao invés da expulsão merecida, o juiz preferiu advertir verbalmente o camisa sete tricolor. O Timão continuava atacando e, aos 26 minutos, Jorge Henrique encobre o goleiro tricolor, com um toque de coxa para fazer 2 a 0, aproveitando um ótimo lançamento de Dentinho. Com o gol, o Corinthians domina o jogo até o final da primeira etapa.
Com o inicio do segundo tempo, a torcida tricolor sente a necessidade de apoiar. E, com as mudanças feitas por Parreira no intervalo, o time volta com outra postura. Sai Eduardo e entra Dieguinho, e Alan (que substituiu Maicon), aos 19 minutos, aproveitando uma rebatida feita pelo goleiro Felipe, faz de cabeça. Sentindo o bom momento, o time das Laranjeiras começa a pressionar. E numa bola enfiada por Conca, Thiago Neves, que até o momento estava sumido, empata a partida, aos 23 minutos, fazendo o Maracanã literalmente balançar. Mas aí vem a experiência do time de Mano Menezes, que administrou a partida até o fim, sem complicação, levando a melhor contra os cariocas, que iniciaram uma reação tardia para quem estava lutando por uma classificação.

Flu fora da copa do Brasil

Por Thiago Martins

A torcida do Fluminense fez um espetáculo, lotando o Maracanã. Só que o sonho da classificação para as semifinais da Copa do Brasil durou pouco. O Corinthians fez dois gols nos primeiros 20 minutos do jogo, desestabilizando o time tricolor. No segundo tempo, o Fluminense conseguiu empatar em 2 a 2.Com o resultado, o time carioca se despediu da competição, enquanto paulista enfrenta o Vasco nas semifinais. Os gols do Corinthians vieram no primeiro tempo. Numa cobrança de falta, Chicão abriu o placar. Dez minutos depois, aos 16, Jorge Henrique fez o segundo. A reação do Fluminense veio no segundo tempo, com gols de Alan e Thiago Neves. Ronaldo ainda foi provocado pela torcida tricolor, numa faixa que trazia escrito: “Ronaldão, o Rio te ama! Andréa (traveco) também!”. Mas, a maior preocupação do astro do Corinthians é voltar a fazer parte da seleção: “Espero me recuperar e fazer um bom futebol para ser convocado”, deseja o jogador.
Maracanã também é palco de novas experiências. Não faltou emoção para os jovens debutantes que estiveram no maior estádio do mundo. Apesar de não haver torcedores do Fluminense ou Corinthians entre nós, pudemos cobrir a partida da Tribuna de Imprensa e conhecer um pouco do jornalismo esportivo. No final ainda pudemos acompanhar à coletiva da qual participaram Ronaldo e Mano Menezes pelo lado paulista com Fred e Parreira representando o tricolor.

Não foi dessa vez

Por Vanessa Morais

Maracanã cheio, chuva e Young Flu desapontada. Essa é uma boa descrição para o Fluminense e Corinthians que aconteceu da última quarta-feira (20/05). A pequena torcida foi o 12° jogador do timão, acompanhou o time a todo tempo e não hesitava às provocações feitas pela torcida adversária, respondendo-as com muita energia. mas, não se pode dizer o mesmo da torcida tricolor. Aos seis minutos do primeiro tempo, Chicão cobra a falta no ângulo que abre o placar para os paulistas. A bola, que entrou com toda força no gol, parecia ter entalado na garganta dos tricolores, calando mais de 50 mil torcedores do Fluminense. Todo o primeiro tempo foi de muito sufoco e agonia tanto para os torcedores quanto para o técnico Carlos Alberto Parreira, que mal chegava a lateral do campo, talvez de tanto nervoso que sentia. Parecia que o primeiro gol lavou o bonito mosaico montado pela torcida tricolor, antes do início da partida.
O segundo gol corintiano, marcado por Jorge Henrique (ex Botafogo), foi uma espécie de quebra das regras físicas. Já imaginou aproximadamente três mil pessoas calarem uma ampla maioria no grito? É, isso aconteceu. Apesar das vaias e dos gritos opressores da torcida do Fluminense, os corintianos surpreenderam e mostraram que realmente são fiéis, empurrando seu time (e desestruturando os tricolores) a todo o momento. No segundo tempo, o Fluminense parecia ter reabastecido as energias e voltado com carga total. Aos 16 minutos, Alan chutou forte e Felipe defendeu em dois tempos. Mas, dois minutos depois, um grito de alivio e esperança ecoou da torcida tricolor: o mesmo Alan diminuiu para Fluminense, depois de uma falha do goleiro Felipe. A partir daí, a torcida ressurgiu do silêncio e o Maracanã voltou a estremecer. E a felicidade não parou por aí. Aos 23 minutos, Thiago Neves marca um golaço, após receber ótimo passe de Conca, para o delírio da torcida. O empate aproximava o tricolor de uma vaga na semifinal da Copa do Brasil. Com o segundo gol, o Corinthians resolveu acordar para o jogo, ou pelo menos tentou. Aos 31 minutos, Ronaldo, visivelmente cansado e apagado, chuta fraco para uma defesa fácil, com os pés, de Fernando Henrique.
Apesar da vontade de jogar, o placar já parecia estar definido. Nem mesmo o chute perigoso de Thiago Neves (aos 39) foi capaz de tirar do rosto dos tricolores a expressão de que nadaram, nadaram e morreram na praia. Pode-se dizer que a decepção da torcida das Laranjeiras pôde ser externada através dos gritos de “traveco” destinados a Ronaldo no momento de sua substituição, transformando decepção em provocação.A partida terminou empatada (2 X 2). A vontade tomou conta dos jogadores tricolores e a entrada de Tartá (implorado pela torcida), no lugar de Marquinho, no finalzinho, não levou o time carioca a vitória. Esse resultado favorecia o timão, que havia ganhado a partida contra o Fluminense em São Paulo (1 a 0). O próximo jogo do Corinthians será nessa quarta-feira (27/05) no Maracanã contra o Vasco e mais uma vez os torcedores cariocas prometem fazer a festa para intimidar os paulistas. Será que dessa vez funcionará?

Quando desejo e conquista se juntam

A torcida do Internacional compareceu em peso ao Gigante da Beira-Rio para incentivar seu time na busca por uma vitória que o credenciasse para a próxima fase da Copa do Brasil. Resultado: desejo e conquista se juntaram no apito final, quando o Colorado saiu vencedor do confronto com o Flamengo (2 a 1), eliminando o adversário, nessa que foi uma das melhores partidas de 2009, na avaliação da crônica esportiva. No Maracanã, mais de 60 mil torcedores foram ao estádio empurrar o Fluminense, que precisava fazer dois gols no Corinthians, sem que o timão fizesse nenhum. Como ao final do primeiro tempo, o clube do Parque São Jorge já vencia por 2 a 0, o tricolor passou a necessitar fazer quatro gols, sem tomar nenhum. Como conseguiu apenas dois e a partida terminou empatada (2 a 2), quem levou a classificação foi o Coringão. Resultado: o desejo da torcida e do clube das Laranjeiras e a conquista da vaga não se juntaram, causando frustração a ambos. Mas, falando ainda do Estádio Mário Filho, esta noite não foi só decepção. Isso porque pude acompanhar o encontro de desejo e conquista na atuação de oito jovens talentos que lá estiveram para fazer a cobertura do belíssimo jogo que fizeram Fluminense e Corinthians: André Nogueira, Claudine Peixoto, Diego Souza, Fabrício Santos, Luiz Gustavo Furlan, Pedro Ferreira, Thiago Martins e Vanessa Morais. Disposição, interesse, atenção, responsabilidade. Todos mostraram os ingredientes necessários para quem busca o aprimoramento da formação. É importante que ressaltemos que, se o desejo esteve o tempo todo presente nessa jornada, a conquista deve-se, e muito, à cortesia, disponibilidade e atenção dispensadas a nós pelos órgãos responsáveis pela cobertura jornalística dentro do maior do mundo. Assim, serão esses oito debutantes quem contarão a vocês, amigos leitores, os detalhes dessa inesquecível partida das quartas de final da Copa do Brasil.

Entre burocracia e emoção, apenas um carioca sobrevive na Copa do Brasil

Por Marcelo Ramos

Foi uma quarta-feira cheia de emoção, mas também de futebol burocrático e sonolento. O Vasco foi a Bahia jogar contra o Vitória e voltou com um empate (1 a 1), enquanto o Fluminense, que jogava em casa, não passou de um empate com o Corinthians (2 a 2) e foi eliminado da Copa do Brasil. Pode-se dizer que o jogo entre os cariocas e baianos acabou aos 5 minutos do primeiro tempo, pois com o empate, o time cruzmaltino conquistou o direito de participar da semifinal do torneio, já que havia ganho o time baiano em casa pelo placar de 4 a 0. Com isso, o jogo foi apenas burocrático, com a equipe carioca tocando a bola e fazendo o tempo passar. Para piorar, o Vitória teve o seu atacante, Neto Baiano, expulso ainda no primeiro tempo, dificultando ainda mais o seu poder de reação. O segundo tempo foi ainda pior, ao ponto de haver certa sonolência por parte do Vasco que seguia tocando a bola e não atribuindo velocidade nem mesmo nos contra-ataques. No final, o time da cruz de malta saiu com a certeza de missão cumprida e aguarda o Corinthians na próxima etapa da competição. Agora, resta torcer para que o Vasco seja um representante a altura do futebol carioca e chegue à final da Copa do Brasil.

domingo, 17 de maio de 2009

Que saudade do estadual

A exemplo do que aconteceu com o Flamengo no último sábado, Botafogo não saiu do 0 a 0 contra o Corinthians, mesmo jogando no Engenhão. Apesar de alguns desfalques, o time de General Severiano até que tentou a vitória, mas acabou esbarrando na inexperiência de alguns jogadores (como Jean Coral, Rodrigo Dantas) e no esquema tático montado por Mano Menezes, que permitiu ao Coringão, inclusive, chegar com perigo ao gol alvinegro, principalmente com Ronaldo (em duas oportunidades) e com André Santos. Não fosse Renan, que estava em noite inspirada, o time de Parque São Jorge poderia até ter deixado o campo com uma vitória. E por falar no Timão, parece que os jogadores já estavam com a cabeça no Maracanã, isso porque no dia 20/05 a equipe enfrentará o Fluminense pelo jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil. De qualquer forma, pelo que mostrou no segundo tempo, o técnico Ney Franco parece ir aos poucos arrumando o time, que realmente não deverá contar com Maicosuel (em processo de transferência para a Alemanha) para o restante da temporada. Fato é que o alvinegro carioca segue sem vitórias na competição e terá um jogo dificílimo pela frente contra o Grêmio (no Olímpico) no próximo domingo.

Sobrou vontade e faltou futebol

Por Marcelo Ramos

O Fluminense enfrentou o Barueri na casa do adversário e apesar das equipes apresentarem muita vontade, faltou o essencial, o futebol. Nem só de vontade se faz uma partida, mas também de técnica, habilidade e raciocínio. Tanto o tricolor, que jogava com um time misto, quanto o time paulista, debutante na série A, ficaram devendo as suas torcidas um bom futebol, apesar das oportunidades de gol perdidos no primeiro e no segundo tempo. O Barueri teve o predomínio territorial e de posse de bola, enquanto o Fluminense tentava alguma coisa na base do contra-ataque. Para ilustrar o que foi a partida, aos 15 minutos do segundo tempo, o time das Laranjeiras foi ao ataque e numa bola cabeceada por Maicon para dentro da área, Conca recebeu livre e furou bisonhamente. A equipe da casa correu em busca do resultado positivo, mas esbarrou na falta de pontaria dos seus jogadores. O Fluminense ainda teve algumas oportunidades de abrir o marcador, mas o bom trabalho de René, goleiro da equipe paulista, frustrou as ambições da equipe carioca que seguiu tentando até o fim do jogo. Fim do jogo, empate em 0 a 0 e mais um ponto na tabela de classificação. Agora, o Fluzão vai se concentrar no jogo de 4ª feira, onde enfrentará o Corinthians pela Copa do Brasil, jogando no Maracanã.