sábado, 11 de julho de 2009

Vasco, ame-o e não o deixe!

Por Marcelo Ramos

Foi levando em consideração o novo tema da campanha da diretoria do Vasco da Gama, que aproximadamente treze mil torcedores puderam incentivar e vibrar com a vitória do time cruzmaltino ontem, no estádio de São Januário, contra o time da Ponte Preta, com o placar final de 3 a 0. Após a partida, a equipe carioca acredita ter se livrado de vez do incômodo jejum de vitórias que já durava oito jogos. O time do Vasco partiu pra cima da Ponte Preta logo no início da partida, fazendo uma marcação no campo do adversário e dando mostras de que queria logo resolver o jogo. A equipe paulista tentava sair nos contra-ataques, mas esbarrava na marcação dos meias e da zaga vascaína, com destaques para Nilton, Vilson e Souza, este último responsável por bons contra-ataques do time da casa. O time de São Januário abriu o placar aos 25 minutos com Robinho, em cruzamento de Fagner. O time dominava o meio de campo e mantinha a maior posse de bola, criando várias situações de gol, enquanto a Macaca tentava explorar jogada de bolas alçadas na área ou em chutes de longa distância, principalmente do lateral Edilson. No final do primeiro tempo, Souza fez excelente jogada e foi derrubado dentro da área, pênalti que Élton bateu e converteu. No segundo tempo, as ações se mantiveram, com a equipe carioca tocando a bola e marcando bem o time paulista, que ainda teve um jogador expulso. A Ponte levou perigo ao gol do Vasco em dois bons ataques que foram parados pelas defesas de Fernando Prass. O time vascaíno continuou se impondo em campo e administrando a partida. Já no fim, Magno que entrou no lugar de Robinho, fez um excelente passe para Élton marcar seu segundo gol, voltar a ser ovacionado pela torcida e dar moral ao time que precisava de uma boa vitória para retomar o caminho rumo à primeira divisão do campeonato brasileiro.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Bons ventos da Copa das Confederações

Depois de um insosso empate com o Fluminense no domingo passado, o Flamengo voltou a vencer no Campeonato Brasileiro. Desta vez, o adversário foi o Vitória, um time bem armado por Paulo César Carpegiani. Jogando no Engenhão, o rubro-negro carioca poderia ter tornado sua vida um pouco mais fácil logo aos 18 minutos, não fosse o erro do árbitro Nielson Nogueira Dias, que anulou um gol legítimo de Adriano. Mas, aos 26, recebendo ótimo lançamento de Kleberson, Juan chutou para abrir o marcador. E por falar em Kleberson, a Seleção Brasileira deve ter feito bem a ele. O poiador correu, desarmou, deu lançamentos e chutes ao gol baiano, fazendo uma bela partida. Influenciados pelo penta campeão do mundo, os comandados de Cuca pareciam que resolveriam o jogo ainda na primeira etapa. Não foi o que aconteceu. Veio o segundo tempo, com Vitória melhor organizado em campo, e o gol de empate. Roger, aos 15, cabeceou, após nova bobeira da zaga carioca. Quando o time começava a ser apupado pela torcida, Emerson (aos 22), após um bate-rebate na área, chutou sem defesa para o goleiro Viáfara, dando números finais ao jogo. Não fosse o pênalti perdido por Ibson, o Fla poderia ter ampliado para 3 a 1. Com o resultado dos jogos da nona rodada, o time da Gávea passou a ocupar a quinta posição.
E por falar em posição na tabela, o Botafogo continua amargando a zona de rebaixamento. Dessa vez, o time só empatou com o Atlético Mineiro (1 a 1), jogando no Mineirão. Esse foi o quarta empate do glorioso, que venceu apenas em uma oportunidade (2 a 0 contra o Santos) e perdeu as outras quatro partidas.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Nem Freud explica o que está acontecendo

Por Marcelo Ramos

O que está acontecendo com o Vasco da Gama? O que tem deixado o time tão nervoso no momento maior do futebol, o gol? O time está triste, sem alegria. Para tentarmos explicar isso, vamos relembrar o início do ano. O time foi totalmente reformulado com a contratação de novos jogadores e o aproveitamento, mesmo que mínimo, de alguns atletas que haviam participado da queda do clube para a segunda divisão. Lembro-me que durante a pré-temporada no Espírito Santo havia rumores de que Fernandinho iria deslanchar, que Pimpão iria ser a surpresa do Campeonato Carioca e a sensação da série B, Elton, reviveria com Jeferson a dupla goleadora do Santo André, no ano passado. Essas e outras apostas infelizmente não se concretizaram, isso sem falar do Aloísio Chulapa que ainda não estreou, apesar de estar treinando em São Januário há meses. O time cruzmaltino não é dos piores, por isso também não perde, mas no futebol não vivemos apenas de empates, pois se assim fosse uma equipe não cairia, mas também não conseguiria subir à série principal, muito menos ser campeã. Uma boa surpresa é o goleiro Fernando Prass, que segurou firme a oportunidade e hoje é quase unanimidade entre os torcedores vascaínos e também o lateral esquerdo Ramon, outro que demonstra habilidade e regularidade durante os jogos. A zaga melhorou em relação ao ano passado, mesmo havendo a troca dos jogadores deste setor durante a temporada, mantiveram-se as boas apresentações. O meio campo é um setor que está carente, pois depende muito do Carlos Alberto e quando este não joga, o time fica sem poder de criação. Foram testados vários nomes para esta faixa de campo, porém nenhum deles se acertou e dividiu a responsabilidade com o capitão. No setor de meio campo, Amaral voltou muito bem e montou com Nilton uma boa dupla, apesar do segundo não estar conseguindo manter uma regularidade. No ataque, Elton começou muito bem a temporada, animando à torcida e fazendo gols decisivos, mas caiu vertiginosamente de produção e hoje é quase que execrado pela torcida. Rodrigo Pimpão não parece ser uma promessa, acredito que ele tenha pulado etapas de aprendizado da técnica, porque é apenas um jogador esforçado, e muitas vezes não leva perigo à defesa adversária, sendo constantemente desarmado pelos zagueiros. O técnico Dorival Junior, que é um bom treinador, deve começar a mudar seu esquema de jogo, pois está previsível e sabemos que o time depende de um só homem e que os demais, tirando a defesa, estão em processo de declínio. É preciso força e perseverança para que o time dê a volta por cima e volte a ter a alegria de jogar e reconquistar a confiança do torcedor.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Será que a Seleção Brasileira convenceu?

Por Marcelo Ramos

Fim da Copa das Confederações e fica uma pergunta: será que a Seleção Brasileira de futebol convenceu? Tudo bem que fomos campeões; eliminamos a Itália, atual campeã mundial, e fizemos um bom jogo contra os Estados Unidos (de quem já havíamos ganhado por 2 a 0 na fase de classificação). Mas, será que essa competição serviu para mostrar que somos mesmo os melhores, criando a falsa impressão de que já estamos com o nosso selecionado pronto para a copa de 2010? Analisando friamente, ainda percebo que estamos com um bom time, mas longe de ser considerado o melhor, basta que vejamos a irregularidade com que viemos disputando as eliminatórias da próxima Copa do Mundo (e isso contra adversários bem mais fracos tecnicamente em relação às outras seleções, principalmente as da Europa). O Dunga não pode ser considerado o pior dos técnicos que já passou pela seleção canarinho, mas sabemos também que existe uma forte influência do Jorginho, que pelo menos já havia treinado um time de futebol antes de assumir o compromisso com a CBF. Quanto aos jogadores, citarei alguns exemplos. Não contesto Julio Cesar e nem o Victor, mas o Gomes não poderia ser chamado antes do Bruno (Flamengo), que já provou mais de uma vez que deveria ter chance. Não acho que o Maicon jogue tudo o que dizem que joga, é esforçado, às vezes consegue um bom cruzamento e chuta bem, mas para por ai. Precisa de algo mais, de ginga, de bom toque de bola. O Lúcio de repente se tornou o salvador da pátria, até acho que ele foi bem nessa competição, mas não creio que jogue tanto assim para ser “endeusado”, tanto que até o seu time o liberou. Robinho é sombra do que já foi um dia, mas não vem sendo o jogador de outrora, seu rendimento caiu muito. André Santos é comum, não demonstrou o porquê de estar na seleção. O Ramirez demonstrou personalidade, mas em alguns momentos pagou pela sua pouca idade, mas é um bom jogador e deve permanecer. O Felipe Mello é um jogador vigoroso, mas até pouco tempo não me lembro de ninguém pedindo ele na seleção. Kaká é um jogador acima da média, mas não me lembro de chamar o jogo para ele e nem de fazer a diferença, assim como faziam Romário, Zico, Pelé, Ronaldo, dentre muitos outros. Ele muitas vezes joga pra ele, carrega a bola e tenta driblar e concluir (pode-se observar isso várias vezes durante os jogos da Seleção). O Luis Fabiano é matador nato, sempre procura jogo e tem faro de gol, é presença certa na copa de 2010. E finalmente, as perguntas que não querem calar: Qual a função do Gilberto Silva? E o Elano, será que ele é melhor do que o Ronaldinho Gaúcho, mesmo este estando em má fase? Pensemos nisso para não gastarmos nossas economias com bandeiras, camisas, pinturas nas ruas e etc, e mais tarde termos nova decepção. Torço para que façamos uma boa Copa do Mundo.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

E por falar em emoção e certeza...

Quebrando um pouco da lógica das postagens do DANDO BOLA, gostaria de registrar as palavras indignadas de um grande companheiro de “batalha jornalística”, Bruno Martins, pois creio que elas refletem um pouco da indignação geral que toma conta de profissionais e estudantes que suam para aprimorar-se diuturnamente para levar a leitores, ouvintes e telespectadores informações com credibilidade. Como destacou Bruno: “Não cruzemos os braços diante de tamanho ‘mau-caratismo’ de meia dúzia de engravatados! Façamos barulho, pois, somos jovens. Se tivemos o poder de um dia travarmos uma batalha árdua e sairmos vitoriosos como no impeachment de um presidente, agora não deve ser diferente. E quando falo ‘jovens’, estou relacionando os que estão começando essa batalha, de um dia tornar-se um jornalista renomado em sua área, aquele que dispõe de olheiras, que formam a marca do tempo que dedicaram ao jornalismo ou mesmo os que sofreram com o poder da antiga ditadura. Não deixe a nova ditadura acabar com o nosso sonho. É NOSSO SONHOOOOO! Pra dar certo, basta darmos as mãos e acreditar. Da mesma forma que os Detonautas em suas manifestações distribuem abraços, podemos distribuir aperto de mãos, saudando um co-irmão, que acredita no ideal assim como nós! Se você for do time que tem a minimização da situação e vai dizer o já manjado ‘Não adianta nada! São todos corruptos! O Brasil não tem jeito!’ Ou ainda, se tiver a audácia de pegar os folders das faculdades e começar a procurar outro curso para graduar-se, saia da sala agora, é sinal que você não acredita nos amigos, no professor que está a sua frente e nem mesmo em você, pois, está desistindo de um sonho! Imaginemos se o padeiro da sua esquina tivesse que fazer uma cirurgia de órgãos em um parente seu! É, amigo. Não é pra assustar companheiro. É a dura realidade. Ou descruzamos os braços agora, ou vamos assistir sentados a pessoas que vão trucidar a língua portuguesa por aí, e vão dizer que são jornalistas. Assim como nós”.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Emoção e certeza de estar no caminho certo

Por Marcelo Ramos

Na última segunda-feira, estive no programa Globo Esportivo da Rádio Globo do Rio de Janeiro. Pude conhecer o garotinho, José Carlos Araújo, pessoa simpática e de alto astral, além dos estúdios da emissora. Isso só aconteceu em função estar fazendo um curso de Reportagem Esportiva na Escola de Rádio e pelo fato do meu professor ser o radialista Eraldo Leite, este de caráter espetacular e de uma simplicidade e um profissionalismo maravilhoso. Éramos um grupo com seis pessoas, ávidas em aprender como se realiza um programa de rádio ao vivo. Fomos muito bem recebidos por todos (apresentadores, produtores, operadores, repórteres, etc.) e conseguimos aprender um pouco do que é necessário para se levar aos ouvintes as notícias esportivas do dia. Enquanto estava naquele local (para os apaixonados por esporte, de pura magia), me senti emocionado por estar presente em um ambiente que só podia apenas imaginar. Mas, enfim, pude compartilhar deste que seria um dos melhores dias de minha vida. Isso tudo somado às “feras” que tive o prazer de ver e ouvir, como, Rafael Marques, André Marques, Thaissa Bravo e Álvaro de Oliveira Filho (Rádio CBN). Naquele momento, percebi que o que estava fazendo era de fato realizar um sonho e entender que estava no caminho certo, caminho este que desejo para o meu futuro e que estarei aproveitando cada minuto, cada momento e cada ensinamento que possa estar recebendo neste curso e pelos outros que virão, porque não desejo parar, mas sim me aprimorar cada vez mais para que alcance um dia a felicidade de estar trabalhando nessa “fábrica de sonhos”. Gostaria de deixar aqui registrado o meu agradecimento a uma pessoa que está me dando o maior incentivo e também apoio em meus primeiros passos como repórter, cronista e comentarista esportivo, é o meu amigo e irmão Wilson Couto Borges, exemplo de dignidade e de profissional dedicado àquilo que faz. Sem a ajuda dele, talvez não pudesse realizar e nem me permitir sonhar mais com o futuro que certamente virá.

domingo, 21 de junho de 2009

Uma cronista do futuro

Na noite deste domingo, o Maracanã me permitiu experimentar uma emoção especial. Não. Não foi a vitória de 4 a 0 sobre o Internacional/RS (que, aliás, havia eliminado o rubro-negro nas quartas de final da Copa do Brasil). Tampouco a festa da torcida, que compareceu em pouquíssimo número (próximo de 17 mil presentes). O que me fez ficar vidrado foi a “atuação” da minha sobrinha (e afilhada) Mylena. Ela cresceu e do alto de seus maduros dez anos fez perguntas, “apurou”, fotografou, para registrar informações sobre essa “cobertura jornalística” (o que deixaria muito marmanjo boquiaberto). Entremeados sempre por um tio, seus questionamentos iam desde “o Adriano é aquele camisa 90 ali?”; “quantos cartões o Flamengo levou?”; “e o Inter?”; “no segundo tempo, será que o Flamengo vai fazer mais três?”. Não menos importante foi o tom de avaliação: “tio, com três gols, Adriano é o melhor em campo. Mas, se não tivesse feito, eu ia escolher aquele camisa 28 ali (Fabrício) ou o 21 (Toró). Eles correram pra caramba”. Ao final da partida, só lamentei não poder levar Mylena para a entrevista coletiva. Afinal, com toda essa curiosidade e a atenção com que acompanhou ao jogo, ela fatalmente faria Cuca e Tite, por exemplo, se espantarem. Assim, uma vez mais, gostaria de deixar registrado meu apoio e incentivo a mais esse importante projeto (Cronista do Futuro) desenvolvido pela Associação dos Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro que, hoje, marcou profundamente minha história.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Transformando idéias em ação

Notícia elaborada por Pedro Ferreira

Realizado entre os dias dois e quatro de junho, o Comunicação em Foco é um evento organizado pelos alunos do terceiro período de Publicidade e Propaganda (PP), da Universidade Salgado de Oliveira, em Niterói, sob a orientação da professora Francilene Mattos. O tema desse ano foi “Transformando idéias em ação” e contou com a presença de mais de 500 pessoas na Sala Universo. Se por um lado alguns a organização do evento melhorou, para outros ela deixou a desejar. Na opinião de Márcio Kleber (quinto período de PP), tudo estava muito interessante: “Os alunos que organizaram o Comunicação em Foco estão se superando cada vez mais” elogia. Mas, para Guilherme Souza (estudante do quarto de Jornalismo) a avaliação é outra: “Precisei fazer uma pesquisa para entrevistar os convidados do dia, consultei os organizadores do evento e eles não sabiam me dar qualquer informação” reclama. O Gestor do Curso de Comunicação, Waldvogel Gregório, gostou muito do que viu. Ressaltou a importância da participação dos alunos como forma de adquirir mais conhecimento. Quanto ao evento em si, quem o abriu foi a assessora de imprensa, Cláudia Carvalho, que deu várias dicas do mercado de trabalho em assessoria. O economista Marcos Prado fechou o primeiro dia falando sobre “A era da destruição criativa, conhecimento e profissão no sec. XXI”. No segundo dia, a professora da casa, Rosane Pereira, lançou seu livro ”Discurso em Publicidade”, palestrando também sobre a “Linguagem do publicitário brasileiro”. Rodrigo Clemente encerrou as atividades de forma bastante inusitada, saiu da mesa, foi bem perto dos alunos. Fez brincadeiras e descontraiu o ambiente, falando sobre a “Criatividade e inovação no mercado jovem”. Já o fotógrafo Luiz Alvarenga iniciou o ultimo dia exibindo o documentário “Baixando a máquina”, que discute limites éticos e os ricos na profissão. Fechando o encontro, Wagner Montes, muito bem humorado, respondeu a diversas perguntas sobre sua vida e contou curiosidades dos seus mais de 30 anos na televisão. Para surpresa de muitos lá presentes, o apresentador revelou não ser jornalista (como a organização do evento divulgou), mas sim bacharel em Direito. Atendendo ao pedido feito pelos alunos, o comunicador encerrou o Seminário com seu famoso bordão “Escraaaaaaaaaaaacha”, arrancando gargalhadas e sendo aplaudido de pé.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A estupidez humana

Gostaria de me manifestar sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto ao fim da obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão de jornalismo. Em pleno século XXI, creio que não caiba mais falar em essencialismo, como preferem alguns, ao anunciar o “espírito jornalístico”, dando conta de que ou você nasce sendo um jornalista ou deve buscar outra coisa para fazer. Poderia talvez enveredar pela justificativa de que existem jornalistas (sem diploma) que exercem de maneira formidável a profissão. A explicação para esse segundo ponto acabaria repousando também no “espírito”. Mas será que basta ser um homem das letras (escrever razoavelmente bem) para ser um bom jornalista? Ou estar no “mercado” já é uma justificativa em si mesma?
De todos os argumentos toscos que tive a oportunidade de ler, um, em especial, me chamou particularmente a atenção. Escrevendo em seu blog, uma estudante de jornalismo (que já se qualifica como profissional) defende abertamente o fim da obrigatoriedade do diploma para jornalismo, principalmente porque agora “não precisarei me identificar como estagiária, mas sim como jornalista”, uma vez que “depois que passei da metade da graduação já não dava muita importância ao curso porque o mercado já me ensinava”. Por essa jovem aberração gostaria de dar meus parabéns ao STF. Explico. Já soube de algum médico que, na metade da graduação de medicina, mandou o estudante ir até o paciente e operá-lo? Ou um engenheiro fazer o mesmo como um estudante de engenharia? Ah, mas deve ter acontecido com um advogado que, vendo seu aluno hiperpreparado, mandou-o a uma audiência defender uma causa? Provavelmente isso não aconteceu. E por quê? Porque entende-se que o ensino superior qualifica o profissional técnica e humanisticamente. Isso significa dizer, trocando em miúdos, que o exercício da profissão deve requerer habilidades e competências que compreendem a técnica, mas estão para além dela.
A despeito de desunião classista (e ela existe), existe contemporaneamente um movimento do mercado que tenta absorver tudo pagando cada vez menos. Existem também empresas que mantêm em seus quadros jornalistas “enquadrados” com estagiários – maneira interessante de fugir do piso que o sindicato propõe (R$ 3.921,00 para cinco horas de trabalho e R$ 6.273,00 para sete). Como será remunerado o profissional que cursou quatro anos de formação superior, mas que não necessita mais do diploma para ser contratado? Ah, provavelmente a empresa pagará até mais que o piso!? Outro problema que vislumbro é o “aumento” da massa crítica daqueles que serão sem nunca terem sido. Lembro-me que, nos idos da última década, lendo a revista de maior circulação nacional, diante de um conturbado momento político-econômico que o país vivia o repórter sentenciou: “Todo esse problema se dá em função da estupidez humana”. Pronto, não havia reflexão sociológica, antropológica, filosófica, econômica, social que consubstanciasse as declarações daquele “arguto” profissional. Ou seja, minha proposta é que busquemos compreender os fenômenos em suas múltiplas facetas, mesmo em casos como o dessa decisão do STF, para que um movimento reacionário como esse não caia no esquecimento. Mas, podemos também sintetizar é dizer: mais uma vez estamos diante de um caso de estupidez humana.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

De dignidade à criminalidade

Quando assumiu a Presidência da República, o ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva falou à nação que sua principal meta era acabar com a fome, dando um mínimo de dignidade aos brasileiros. Para o presidente, fazer três refeições deveria ser um direito de toda população e ele lutaria por isso. Pois bem, passamos quatro anos de seu primeiro governo, estamos no terceiro ano de sua reeleição e ainda existem pessoas neste país que lutam para comer. Por ingerência ou não do nosso principal mandatário, algumas instituições religiosas e Ong’s desenvolvem um trabalho bastante interessante que vai ao encontro dos ideais de Lula, oferecendo alimento às pessoas que vivem na “M” (margem da sociedade). Tivemos a oportunidade de acompanhar de perto a alegria de seres humanos que viam no famoso “Sopão” a chance de fazer ao menos uma refeição. Mas, vivemos num estado (RJ) onde tudo conspira para a criminalidade. Tenho ouvido e lido informações de que “moradores de região carente protegem narcotraficantes”, “os pedófilos estão associados aos narcotraficantes”, ou ainda “que a pirataria de produtos fomenta o narcotráfico”. Se já achávamos esses argumentos um pouco exagerados, o que dizer da nova pérola produzida pelo secretário municipal de Ordem Pública, Rodrigo Bethlem. Para ele, as pessoas que distribuem comida a moradores de rua acabam contribuindo para a permanência das pessoas nas ruas, “porque muitos se recusam a seguir para os abrigos porque não querem perder o sopão”. Confesso que já não via com bons olhos a expressão “choque de ordem”, para mim um eufemismo para a idéia de aumento da repressão contra os menos favorecidos. Pobre, pedófilo, pirataria e proteção (que não é dada pelo Estado) viraram contributos para a rubrica da criminalidade do século XXI: narcotraficante. É bom que estejamos de olhos bem abertos, pois essa investida contra o trabalho social acaba revelando um forte cunho fascista, afinal dar comida (para a gestão pública da cidade do Rio) deixa de ser reconhecimento de dignidade para se converter em incentivo à criminalidade.

Gols relâmpagos, sufoco e vitória brasileira

Notícia elaborada por Fabrício Santos

Em sua estréia na Copa das Confederações, a Seleção Brasileira venceu a do Egito por 4 a 3, em jogo realizado na cidade de Bloemfontein. A partida foi marcada pela forma meteórica como cinco dos sete gols foram marcados, a mudança de comportamento da equipe africana no segundo tempo e um pênalti favorável ao Brasil bastante polêmico. Logo aos 5 minutos, Kaká abriu o placar do jogo com um belo gol onde usou sua habilidade para se aproveitar da falha da zaga adversária. Três minutos depois, em ótima jogada do ataque egípcio, Aboutrika fez belo cruzamento para a conclusão de seu parceiro de ataque Zidan que concluiu com perfeição a jogada, empatando a partida. Como dizem que “chumbo trocado não dói”, o Brasil resolveu devolver a rapidez com que o Egito fez o gol, desempatando o jogo, aos 11 minutos, com Luis Fabiano aproveitando cobrança de falta batida por Daniel Alves. Pronto, tínhamos um começo eletrizante com três gols em menos de 15 minutos. Para sacramentar o primeiro tempo, aos 36 minutos, Elano bateu escanteio para cabeçada perfeita de Juan. Parecia que teríamos uma goleada a favor logo na estréia, mas, para quem achou que a equipe egípcia viria pro segundo tempo com onze múmias que assistiriam o Brasil dominar o jogo, eis que surge um (na verdade foram dois) balde d’água fria. O Egito voltou melhor e, logo aos oito minutos, Shawky diminuiu e, aos nove, empatou o jogo com mais um gol de Zidan, deixando um jogo que parecia fácil bastante emocionante. A vitória brasileira só veio em um pênalti cobrado por Kaká marcado aos 45 minutos, após o zagueiro El Mohamadi colocar a mão na bola. A controvérsia em relação ao pênalti se deu quando, em primeira ação, o arbitro marcou escanteio, causando revolta nos brasileiros. Alguns minutos após, o arbitro mudou de idéia, expulsou o zagueiro do Egito e marcou a penalidade. Perguntado pelo comentarista de arbitragem Arnaldo César Coelho, o juiz Howard Webb disse que sua consciência o informou que ele havia errado em sua decisão e por isso resolveu marcar o pênalti.

Um espetáculo em dois atos

Por Marcelo Ramos

O futebol é sempre um espetáculo, e não foi diferente ontem no Maracanã, onde Fluminense e Grêmio participaram de dois atos, cada um foi protagonista de um destes momentos. No primeiro tempo, a estrela foi o time gaúcho, que começou imprimindo uma forte marcação, característica dos clubes do sul do país, e teve ótimas chances de abrir o marcador, porém a trave e a sorte do tricolor carioca nas conclusões de Alex Mineiro fizeram com que o placar permanecesse em branco. Pelo lado do time carioca, houve uma reclamação de pênalti em Conca, mas as jogadas de ataque não estavam surtindo efeito, pois a marcação gaúcha não permitia uma evolução nas jogadas e posteriormente nas conclusões a gol. Na etapa final, o astro foi o Fluminense, que conseguiu imprimir um maior ritmo de jogo, sufocando o Grêmio em seu campo defensivo, aproximando mais os armadores dos atacantes e aproveitando os avanços dos laterais. A equipe gaúcha aproveitava os espaços deixados principalmente pela lateral esquerda do Fluzão e conseguiu algumas boas jogadas de contra-ataques e em especial numa que Souza perdeu uma boa chance de conclusão. No tricolor carioca, Thiago Neves teve uma ótima oportunidade de concluir, porém chutou mal e a bola ficou fácil para a defesa de Marcelo Grohe. O jogo ganhou em emoção nos minutos finais, porque ficou aberto e tanto o tricolor gaúcho quanto o carioca poderiam chegar ao primeiro gol, mas quis o destino, diferentemente de um filme épico, que a partida ficasse no empate, onde “mocinhos” e “bandidos” saíssem do campo de batalha aguardando a oportunidade de vencer o seu adversário em um próximo duelo.

domingo, 14 de junho de 2009

A tarde foi dos Brunos

Poderia ser mais um Coritiba e Flamengo. Poderia ser a luta de um para fugir da zona de rebaixamento e do outro para se aproximar dos líderes da competição. Mas o que se viu essa tarde na capital paranaense foi um baile dado pelo Coxa, ratificando que partida de futebol é espetáculo. Em momento algum da partida o rubro-negro lembrou o time que conquistou a tri-campeonato carioca ou que disputou de igual para igual com o Inter a vaga na semifinal da Copa do Brasil. Apáticos, os cariocas foram envolvidos o tempo todo pelo bom esquema armado por Renê Simões (que tem feito falta ao Fluminense). É bem verdade que os 5 a 0 impostos pelo time da casa também não reflete o que foi a partida, já que em poucas oportunidades vimos quase todos os chutes dados se converterem em gols (a derrota para o Sport, imaginávamos, já era uma exceção). O que se viu no Couto Pereira na tarde desse domingo foi como que “agressão a bêbado”, uma vez que o mandante fez muito bem seu papel. Pelo lado do Coritiba, destaque para os atacantes Ariel (injustamente expulso, após ser agredido por um destemperado Airton, que pisou no adversário) e Bruno Batata. Na primeira etapa, foi o camisa nove curitibano quem levou à loucura a defesa carioca que, dessa vez, não pode contar com a presença de Bruno, que errou tudo que podia numa partida (foi a pior participação do goleiro desde sua chegada à Gávea) e que teve em Welinton um dos pontos mais vulneráveis (ele, inclusive, marcou um incrível gol contra). Vencendo por 2 a 0, o Coritiba voltou com uma formação bem semelhante à da primeira etapa (Bruno Batata entrou no lugar de Marcos Aurélio). Bruno (o do Coxa) foi um constante tormento para a defesa rubro-negra: fez dois gols (aumentando para 4 a 0) e deu passe para o quinto. Enquanto isso, pelos lados do Flamengo parecia restar ao xará do atacante paranaense torcer para o jogo acabar. Fim de jogo, goleada implacável do Coxa (é a segunda goleada seguida que o Fla toma) e crise instalada. O próximo adversário (Internacional/RJ) pode jogar uma pá de cal nos planos da atual comissão técnica e determinar a saída de Cuca.

sábado, 13 de junho de 2009

Tudo como dantes no quartel de Abrantes

Por Marcelo Ramos

Plagiando o provérbio popular, o Vasco jogou contra o Guarani, em Campinas, e novamente empatou em 0 a 0, continuando na quarta posição do campeonato e deixando mais uma vez claro que deve começar a fazer mudanças em seu esquema e plano de jogo, pois do contrário, o time está se tornando previsível. No primeiro tempo, o jogo ficou muito fechado e ambas as equipes tiveram poucas chances de gol. A equipe carioca quase foi feliz em uma delas, numa cobrança de falta de Nilton que obrigou o goleiro do Bugre a fazer uma boa defesa. Outro fator que permaneceu igual foi a inoperância do ataque cruzmaltino em relação ao gol. Edgar perdeu pelo menos duas boas chances, pela sua lentidão e falta de ritmo de jogo. Por outro lado, o time paulista ficou preso na boa marcação da zaga vascaína. E para não fugir ao provérbio, Carlos Alberto foi expulso de novo, mas dessa vez injustamente. Os dois times vieram mais ofensivos no segundo tempo, mas foi o Vasco que teve as melhores oportunidades de gol, enquanto o Guarani teve uma boa chance com Rodriguinho aos 18 minutos e com Nei Paraíba, em cabeçada perigosa no contrapé de Fernando Prass. Pelo lado do time de São Januário, Edgar perdeu um gol incrível, em linda jogada de Alex Teixeira e, após algumas substituições, o time ainda perdeu mais algumas oportunidades com Paulo Sérgio e Jéferson. O Guarani tentou alguns lances pelo alto, mas novamente a defesa vascaína sobressaiu. No final, Vasco em quarto lugar e o Guarani na liderança do campeonato brasileiro da Série B.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Brasil vence Paraguai em jogo de um só tempo

Por Marcelo Ramos

A Seleção Brasileira – que já enfrentou o Paraguai em 73 oportunidades: 45 vitórias, 17 empates e 11 derrotas, somando 163 gols a favor e sofrendo apenas 60 – jogou em Recife contra o time paraguaio pelas eliminatórias da Copa de 2010 e venceu de virada pelo placar de 2 a 1. O jogo no primeiro tempo foi muito truncado e apesar da maior posse de bola do time brasileiro, não foram criadas muitas situações de gol, pois o Brasil encontrou dificuldades em furar a marcação adversária, já que o Paraguai começou o jogo atrás, partindo para as jogadas de contra-ataque. E essa tática acabou dando certo, pois aos 25 minutos os paraguaios abriram o marcador com Cabanas batendo falta, a bola ainda bateu em Elano, enganando Julio César. Com isso, a seleção paraguaia se fechou mais ainda, dificultando o time de Dunga, que tentava penetrar pelo meio da área e não arriscava chutes de longa distância. Mas, aos 40 minutos da etapa inicial, Robinho aproveitou um cruzamento de Daniel Alves e bateu de primeira, empatando a partida. A seleção canarinho voltou para o segundo tempo com a mesma formação, porém com maior poder de ataque e utilizando mais as laterais do campo. E logo aos quatro minutos, Nilmar, em jogada individual dentro da área, disputa com um marcador e toca para o gol, virando o jogo a nosso favor (2 a 1). O Brasil cresce ainda mais em campo, o futebol de Kaká passa a aparecer e a seleção consegue várias jogadas de perigo, mas sem sorte nas finalizações. O time de Cabanas tenta algumas investidas, mas no segundo tempo a zaga brasileira conseguiu conter os avanços adversários. A vitória foi convincente apenas pelo segundo tempo, porque, no início, o Brasil atuou de forma muito ruim, sem esquema tático, sem ímpeto e sem jogadas ensaiadas Ao final do jogo, nossa seleção saiu praticamente classificada para a próxima Copa do Mundo, basta que vença a Argentina no próximo encontro das seleções no mês de setembro. Que venha a Argentina!!!

domingo, 7 de junho de 2009

O clássico vovô foi no Rio mas os cochilos em Recife

Os seis gols da partida entre Sport e Flamengo podem causar a falsa impressão de que se tratou de um daqueles jogos memoráveis: vibrante, emocionante e cheio de alternativas. Ledo engano. O que se viu foram duas equipes que alternaram lampejos de lucidez e muitas falhas. Com dez minutos, o rubro-negro carioca já vencia por 2 a 0 (ambos marcados por Emerson) em dois cochilos da zaga do time pernambucano. Quem ligou a TV naquele momento julgou que grupo liderado pelo imperador Adriano somaria três pontos com extrema facilidade, até mesmo porque os jogadores comandados pelo recém contratado Emerson Leão continuavam sonolentos. Mas, bastaram nove minutos (dos 25 aos 34) para que o time da casa fizesse quatro gols (um de Durval e três de Weldon), virando o placar, e terminasse o primeiro tempo vencendo por 4 a 2. Questionado sobre as falhas do sistema defensivo, Cuca foi enfático: “demos um apagão”, sentenciou. Para os telespectadores e os 25 mil torcedores que estavam presentes ao estádio da Ilha do Retiro restava a expectativa de que, na etapa final, os jogadores proporcionassem um espetáculo melhor. Não foi o que aconteceu. Pelo lado do Leão do Recife, destaque para Sandro Goiano que, com um chute do seu campo de defesa quase encobriu Bruno, que fez ótima defesa. Já pelo “mais querido do Brasil”, Adriano só foi notado ao perdeu gol incrível (dentro da pequena área). Com o resultado, o Sport saiu da zona de rebaixamento e passou a ocupar a 15ª posição na tabela.No Rio de Janeiro, Fluminense x Botafogo foi um jogo fraco tecnicamente, mas disputado com muita vontade. Diferente da partida no Nordeste, os dois times procuram o gol adversário o tempo todo. Com um minuto, o tricolor assustou o goleiro Renan. Lúcio Flávio respondeu pelo alvinegro aos cinco – a bola passou rente à trave. O grupo comandado por Ney Franco tinha mais vontade e dominou as principais ações da primeira etapa, que terminou empatada em 0 a 0. Para o segundo tempo, o técnico Carlos Alberto Parreira fez algumas modificações táticas e o Flu subiu de produção, passando a tomar a iniciativa e chegando mais vezes ao gol alvinegro. A entrada de Leandro Amaral (que estava afastado por contusão há três meses) no lugar de Thiago Neves deu um pouco mais de qualidade ao time das Laranjeiras e animou a maior parte do público que esteve no Maracanã (pouco mais de 15 mil torcedores). Foi do ex-atacante vascaíno o passe que encontrou Fred dentro da área do Botafogo: aos 43, o camisa nove recebeu, deu um chapéu em Renan e, de cabeça, deu números finais a partida: Fluminense 1 a 0. Além dos três pontos, o Fluminense passou a ocupar a sétima posição na classificação (é o melhor do Rio até aqui), enquanto Botafogo amarga o 18º lugar, se mantendo na zona do descenso.

sábado, 6 de junho de 2009

Acendeu o sinal amarelo

Por Marcelo Ramos

O time do Vasco da Gama jogou em São Januário contra o São Caetano e ficou apenas no empate (0 a 0). Pelo que demonstrou em campo, está na hora de rever alguns conceitos, pois acendeu o sinal amarelo, dando o alerta de que a equipe está começando a cair de rendimento e consequentemente na tabela de classificação. No primeiro tempo, o time do ABC paulista não ameaçou em momento algum. Mas, mesmo dominando a partida, a equipe cruzmaltina não conseguia chegar com perigo. O goleiro adversário trabalhou apenas em duas oportunidades, numa cabeçada de Elton, depois de belo cruzamento do Paulo Sérgio e num chute do Ramon. No restante, apenas o Vasco rondando a área do Azulão, mas errando sempre o último passe, demonstrando mais uma vez que o setor de armação de jogadas não pode depender apenas de Carlos Aberto. O ponto fraco do primeiro tempo foi a entrada desleal de Elton sobre Iran, ocasionando a expulsão do atleta vascaíno e consequentemente do técnico Dorival Junior, por reclamação. No segundo tempo, a equipe carioca continuou dominando o jogo, porém com a ausência de um jogador, o setor de ataque ficou ainda mais deficiente. O time paulista conseguiu equilibrar as ações e passou a dominar as jogadas, concentrando o time no campo de ataque, mas errando ao tentar penetrar pelo meio. Apesar das substituições em ambas as equipes, o jogo seguiu assim até o seu final, o que não foi bom nem para o Vasco, que caiu para o quarto lugar, e muito menos para o São Caetano, que está a um ponto da zona o rebaixamento.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Esse é o sentimento que tem de parar!

Por Marcelo Ramos

O sentimento de impotência de torcedores (de fato e de direito) que ficam expostos à violência em dias de jogos dos seus clubes do coração. O sentimento de impunidade em relação àqueles que deveriam pagar pelos seus erros, sejam torcedores, jogadores, dirigentes ou outras pessoas ligadas ao futebol. O sentimento de abandono, quando o presidente da CBF diz que apenas a polícia tem a responsabilidade em ocorrências como a briga de torcidas. O sentimento de frustração, quando ouvimos a arbitragem dizer que tem o direito de errar (e que “errar é humano”) e ficar mais uma vez impune e influenciar diretamente no resultado de uma partida. Temos que dar um basta, todos nós temos a responsabilidade de tentar acabar com essas questões. O torcedor de verdade tem que sair das organizadas e passar a torcer por seus clubes, sem o uso da força e sem se esconder atrás destas facções que se comportam como se fossem máfias, clãs ou alguns destes ridículos grupos que só servem para denegrir a imagem do esporte mais popular do planeta. A CBF, que irá ajudar a realizar uma Copa do Mundo, tem que se reunir com os órgãos competentes para se chegar a um acordo onde seriam verificadas todas as possibilidades para se reverter este quadro, valorizando o futebol e dando credibilidade ao nosso país. As Polícias (Militar, Civil e Federal) deverão atuar de forma conjunta e integrada para que façam um trabalho de reconhecimento e desmantelamento das torcidas organizadas, devolvendo a paz e diminuindo a chance de confrontos entre os que se dizem “torcedores”. Os dirigentes dos clubes, que dão ingressos às torcidas para que estas vão aos jogos e também cedendo espaços em suas sedes para a guarda de materiais, e dentre estes materiais muitas vezes estão as “armas” usadas nos conflitos com as facções adversárias, também precisam se posicionar. Os Tribunais Desportivos não devem ficar julgando todo e qualquer caso, pois se baseiam e imagens posteriores às partidas para condenar jogadores, técnicos e dirigentes, mas que depois absolvem ou dão efeitos suspensivos aos mesmos, tornando não confiável as suas ações. Os jogadores não deveriam incitar as torcidas em dias de jogos com declarações que venham a motivar a disputa entre elas ou então revidando com agressões os dribles tomados. Tudo deve ser feito em prol da volta dos grandes jogos e do surgimento dos craques – estes deverão ser os astros e estrelas das competições e não as notícias que estão sendo veiculadas atualmente. E é aí que entra o papel da imprensa. Esta deverá dar menor foco a estes acontecimentos, pois, do contrário, apenas estarão alimentando um clima de tensão, ódio e vingança entre os ditos torcedores organizados. Parem e pensem, é este o clima que devemos mostrar ao mundo em 2014?

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O sonho da Libertadores acabou...

Por Marcelo Ramos

...mas o sentimento não pode parar! Isso porque o Vasco da Gama saiu de cabeça erguida do confronto contra o Corinthians, no Pacaembu, pela semifinal da Copa do Brasil (0 a 0). A equipe cruzmaltina começou trocando passes e estudando o adversário, porque, apesar de saber que o empate sem gols favorecia o adversário, não podia se descuidar na defesa – um gol do time paulista, praticamente seria impossível reverter, dada a igualdade entre os times. A jogada mais perigosa do Vasco foi uma cabeçada do atacante Elton, que Felipe mandou para escanteio, após fazer excelente defesa. O Timão atuava em contra-ataques, mas Ronaldo desperdiçou duas boas chances: uma no começo da partida; outra em que Fernando Prass defendeu. Foi um primeiro tempo tenso e de muito equilíbrio, mas sem muitas chances de gol. No segundo tempo, os cariocas partiram para o ataque, já que precisavam de um gol pelo menos para manter as suas chances na competição. No lance mais polêmico da partida, o zagueiro Chicão puxou escandalosamente a camisa de Elton dentro da área, pênalti não marcado por Leonardo Gaciba, que irritou a todos. Com a saída de Carlos Alberto, o Corinthians cresceu em campo e desperdiçou três oportunidades claras de gol. O Vasco manteve o seu esquema, mas com a carência de um jogador de armação, correu, brigou, mas não conseguiu encontrar o caminho do gol alvinegro. Pelo lado paulista, Ronaldo ainda perdeu um gol incrível ao tentar driblar o goleiro vascaíno, este foi mais esperto e conseguiu desviar. Com o apito final, ficou a certeza de que o Vasco em breve estará de volta à elite do futebol nacional. Já o Coringão precisa melhorar se quiser ganhar do Internacional nas finais da competição.

domingo, 31 de maio de 2009

Rio se rende à monarquia durante regime republicano

Desde o fim do regime imperial no Brasil, não se ouvia tanta euforia para saudar a nobreza como a que vimos hoje no Maracanã: “Ôôôô o imperador voltou!” Foi assim que 71.762 presentes ao Estádio Mário Filho receberam Adriano, em sua reestréia com a camisa do rubro-negro carioca, e o neto da dona Vanda não decepcionou seus súditos. Logo aos seis minutos, ele recebeu cruzamento da esquerda e quase marcou. Aos oito, só não abriu o marcador porque o goleiro do Atlético/PR fez ótima defesa. Mas o gol não demorou a sair. Novamente em cruzamento de Juan, o imperador tentou chegar na bola, mas o zagueiro Antônio Carlos se antecipou e acabou fazendo contra (Fla 1 a 0). Até então, o rubro-negro paranaense parecia apenas um convidado de luxo para o baile da realeza, uma vez que o domínio do Flamengo era evidente. Fim da primeira etapa e a promessa: “Vou jogar mais uns 20 minutos no segundo tempo”, garantiu o atacante carioca.Para o Atlético, antes o camisa 29 não tivesse voltado, pois ainda no primeiro minuto, ele recebeu ótimo passe de Leo Moura, que foi à linha de fundo e cruzou na cabeça imperial, que aumentou a vantagem carioca (2 a 0). A partir daí, o time do técnico Cuca tomou o controle da partida. Houve várias trocas de passes entre Adriano e Emerson, o que fazia com que o Flamengo chegasse sempre com perigo ao gol paranaense. Não fosse a lambança do árbitro Leonardo Gaciba, que marcou pênalti inexistente de Toró em Márcio (Rafael Moura cobrou e diminuiu, 2 a 1), o clube da Gávea poderia ter chegado ao final da partida sem tantos sustos: “O placar de 2 a 1 é perigoso até o último minuto, mas felizmente somamos mais três pontos”, avaliou o técnico do mais querido do Brasil. Perguntado ainda sobre a atuação do reforço rubro-negro, Cuca foi só elogios: “ele nos surpreendeu jogando os 90 minutos. Agora é descansar bastante para recuperar as energias. Temos uma semana de trabalho pela frente e a tendência é que ele evolua mais ainda”, avaliou.

“Aflitos” pelo empate no fim do jogo

Por Marcelo Ramos

O Fluminense, representado por alguns jovens valores, estava aflito pelo apito final. O jovem Maicon ficou aflito depois de derrubar Anderson Lessa na área. O técnico Parreira ficou aflito por não conseguir vencer mais uma partida fora de casa (vitória que lhe daria um pouco de tranqüilidade durante a semana). E ambos os times estavam aflitos pelo estado lastimável do campo de jogo. O tricolor começou o jogo impondo certa pressão e conseguindo que o Náutico se defendesse mais do que atacasse. Aos 9 minutos do primeiro tempo, uma das promessas tricolores, o lateral direito Diogo lançou uma bola perfeita para o atacante Fred, que invadiu a área e chutou cruzado, marcando 1 a 0 para os cariocas. O jogo seguiu de forma acelerada, mas, com o gramado ruim, os times não conseguiam tocar a bola e perdiam tempo tentando jogadas de contra-ataque. Porém, o Timbu se tornou mais agressivo e o Fluminense preferia jogar recuado e tentar alguns ataques no erro do adversário. Thiago Neves ainda chutou uma bola na trave aos 40 da etapa inicial, faltando pouco para a equipe carioca ampliar o marcador. No segundo tempo, o que se viu foi um jogo daqueles de nossa época de garoto, ataque contra defesa. O Náutico partiu pra cima do time das Laranjeiras após algumas mudanças do técnico Waldemar Lemos, porém abria espaços para algumas investidas do Fluminense, que quase ampliou o marcador em duas tentativas. A torcida inflamava os jogadores do time nordestino e estes correspondiam com vontade e força, até que, aos 49 minutos do segundo tempo, acabou a aflição da galera, Maicon inocentemente derrubou o adversário na área e o Timbu converteu a penalidade e empatou o jogo. O time das Laranjeiras lamenta alguns erros de arbitragem, mas o que vale é o resultado final (1 a 1) e a 12ª colocação na tabela de classificação do campeonato.

Rio é uma das sedes de 2014

Ao som de "ôôôôô o imperador voltou!" o Rio de Janeiro é anunciada como uma das cidades sedes da Copa do Mundo de 2014.

sábado, 30 de maio de 2009

Queimando as reservas da Série B

Por Marcelo Ramos

O Vasco da Gama foi ao sul enfrentar o Paraná Clube com uma equipe reserva, com exceção do goleiro Fernando Prass, e conheceu a sua primeira derrota no campeonato brasileiro (3 a 1). O técnico Dorival Junior lançou mão da equipe reserva com o intuito de poupar os jogadores titulares para a partida da semifinal da Copa do Brasil. O time carioca começou tocando bem a bola, procurando entrar na área adversária pelas pontas e perdendo algumas ótimas oportunidades de gol. E com essa pressão, aos 13 minutos do primeiro tempo, no cruzamento do jovem lateral Pará, o atacante Edgar aproveitou e mandou da cabeça para o gol, Vasco 1 a 0. O time continuou bem e perdeu mais algumas oportunidades claras de gol. O time paranaense começou a melhorar na partida, até mesmo porque precisava da vitória para fugir da 18ª colocação. E conseguiu empatar em uma cabeçada de Alex Afonso, aos 18 minutos. Para piorar a situação da equipe cruzmaltina, Enrico foi expulso aos 40 da etapa inicial, desfalcando a equipe. No segundo tempo, O técnico vascaíno resolveu mudar e tentar dar mais objetividade à equipe, e o time ganhou em velocidade e poder de armação, mas não foi suficiente para evitar o segundo gol do tricolor paranaense, Marcelo Toscano de falta virou o placar. O Vasco continuou um pouco melhor em campo, mas ai veio o golpe fatal em um erro de arbitragem (que foi uns dos aspectos negativos da partida), Dinelson invadiu pela esquerda e chutou para vencer o goleiro vascaíno. O time carioca caiu para terceira colocação e queimou um pouco suas “reservas” nesta competição.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

NOSSA HISTÓRIA PEDE SOCORRO

Notícia elaborada por Pedro Ferreira

Conhecer suas origens é algo bastante importante para qualquer pessoa. Quem e quais foram nossos antepassados? O que fizeram? De onde vieram? Imagine então para um jornalista não saber da sua própria história. Até parece mentira, mas muitos estudantes de Comunicação não sabem que existe, em pleno centro de Niterói, um espaço dedicado à história do jornalismo no país. O Museu da Imprensa Brasileira (MIB) foi inaugurado no dia 02 de Abril de 2002. Funcionando na sede da Imprensa Oficial do Rio de janeiro, ocupa um espaço de 600 metros quadrados. A idéia de sua construção começou em 1988, mas esse sonho levou 14 anos para se tornar realidade. Desde a inauguração, o MIB já recebeu cerca de 10 mil visitantes e seu seu acervo é constituído de exemplares de jornais (o arquivo tem cerca de 3000 diários de todo o país), livros, revistas e documentos que retratam os momentos e a evolução da imprensa no Brasil. Mas o visitante logo percebe que a realidade é outra. Não existe acesso a nenhum tipo de documento ou registro. Então a única opção que sobra é observar os equipamentos lá expostos. Como linotipo, telex, máquinas tipográficas, composers, máquinas de escrever antigas e outros, além de uma réplica de um prelo utilizado durante o século XV. Com a falta de apoio financeiro, o lugar sofre com as ações do tempo, que aos poucos vai castigando o que ainda existe lá. Tamanha sua importância, o espaço não recebe devida atenção e respeito. O Museu da Imprensa Brasileira é o sétimo no mundo a mostrar a história do jornalismo impresso: dois estão na Inglaterra e os demais em Portugal, Japão, Alemanha e Bélgica.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Um Coliseu Moderno

A noite desta quarta feira me fez lembrar os grandes espetáculos romanos, quando nobreza, astros, plebe e feras compareciam para assistir àquele que era o principal atrativo da época. Evidentemente, trata-se de uma alegoria que proponho para dar conta do que representou a partida entre Vasco e Corinthians pelas semifinais da Copa do Brasil. Isso porque, apesar da distância histórica e geográfica, foi assim que enxerguei o Maracanã nesse empate em 1 a 1 entre as duas equipes. Não posso negar que, além do olhar que fica vidrado no campo, a atenção também se dirige para fora das quatro linhas. Comecemos então pela galera (plebe). Foi emocionante assistir ao agito das bandeiras, aos cantos entoados por vascaínos e corintianos – é bem verdade que, dos mais de 72 mil presentes, uma ampla maioria torcia pelo clube carioca, numa festa lindíssima que os jogadores (astros) corresponderam em campo, com muita determinação, disciplina tática e lampejos de criatividade, como foi a lindíssima jogada de Elton no gol de empate cruzmaltino (marcado por Rodrigo Pimpão). Do ponto de vista da organização dentro do gramado, o Coringão foi superior a maior parte do tempo, o que fica evidente a partir da vantagem conseguida no primeiro tempo quando, aos 29, Dentinho abriu o placar para a equipe paulista.
Há também outro ponto que me emociona muito: é quando tenho a oportunidade de levar ao maior do mundo jovens iniciantes que buscam um lugar nesse competitivo mercado de trabalho – competitivo pela abundância de talentos e de preconceito. Ao chegarmos, um primeiro contato com a realeza. Nada mais, nada menos que o maior ídolo vascaíno se juntou a nós para um aperto de mão e uma foto. Ele mesmo, Roberto Dinamite deu um show de simplicidade, simpatia e encorajamento para aquele grupo que estava lá para, antes de tudo, aprender. Mais uma vez, a organização foi um ponto altíssimo: a ACERJ e a FERJ têm sido importantes parceiros nesse projeto de abrir portas para essa “nova geração”. Entrando nas cabines de rádio e de TV, outro ídolo, só que dessa vez corintiano. Do lado de fora da Band, Neto teve comportamento idêntico ao de Roberto. Para a turma, um mix de alegria e entusiasmo tomava conta de todos. Mas, quem achou que eu tinha esquecido feras se enganou. Para fera, o dicionário Aurélio reserva a seguinte definição: (1) animal bravio e carnívoro, (2) pessoa muito cruel. Pois bem, apesar de em número extremamente reduzido (diferente do que acontecia no coliseu romano), eles também vão ao Estádio Mário Filho. Daí que, só sendo um animal muito cruel para desferir toda sua carga de preconceito ao verborrar: “lá vem estes estudantes novamente...” Para não me alongar, fico imaginando se tamanha dose de preconceito foi aprendida na universidade, quando foram estudantes.

A máquina emperrou e o Coringão saiu em vantagem

Por Marcelo Ramos

Na última segunda-feira, um veículo da imprensa escrita colocou em sua manchete a frase: “Máquina Líder”, referindo-se ao time do Vasco. Mas, pelo que vimos ontem, no primeiro jogo da semifinal, contra o Corinthians, a “máquina” cruzmaltina emperrou, porque o time não jogou bem e só não perdeu porque faltaram pontaria e capricho nas finalizações do adversário. O empate foi injusto pelo lado do Coringão, porque a equipe jogava com facilidade e manteve o domínio da partida durante todo o jogo, enquanto o time carioca parecia tenso e sem força de combate, deixando inúmeras vezes o adversário em vantagem numérica em seu campo defensivo, apesar de estar jogando com um esquema 4-4-2 (o Timão jogava no 4-3-3). Ou seja, o meio de campo vascaíno deveria se sobrepor ao corintiano, mas a técnica do time paulista era evidentemente maior do que a vontade da equipe da Colina e isso fez com que várias chances de gol surgissem, até que, aos 29 minutos do primeiro tempo, Dentinho aproveitou uma bobeada da defesa do Vasco e chutou forte para abrir o marcador. O time cruzmaltino continuava perdido e eram raras as chances de gol. No segundo tempo, o técnico Dorival Junior fez algumas modificações e o time cresceu em campo, passando a pressionar a saída de bola do Corinthians, e foi assim que, aos 19 minutos, o time carioca empatou o jogo, em jogada concluída por Rodrigo Pimpão. Empolgado pelo empate, aumentou um pouco a marcação e teve algumas chances de gol. Mas, ao passar do tempo, o Vasco se fechou novamente e passou a assistir o Corinthians tocando bola e perdendo algumas chances. Agora é ver se, em São Paulo, a equipe carioca vai se comportar de maneira mais objetiva e ofensiva porque o empate em 0 a 0 dará a classificação ao time paulista.

Ficou para o segundo Jogo

Por Angélica Rigó

Em uma bonita noite no Maracanã, Vasco e Corinthians se enfrentaram no primeiro jogo das semifinais pela Copa do Brasil. Uma grande partida, com destaque para os goleiros dos dois times, que praticamente garantiram que o placar terminasse em 1 a 1. Na próxima quarta, no Pacaembu, sai um dos finalistas da competição. O time de São Januário não fez um bom primeiro tempo, já que conta com um grupo que não tem experiência em decisão e ainda sentia a falta do jogador Carlos Alberto. A equipe paulista fez uma boa partida na primeira etapa do jogo e conseguiu sair em vantagem para o intervalo, 1 a 0 com gol de Dentinho, aos 29 minutos. Com o início do 2° tempo, a equipe vascaína passou a ser empurrada pelos torcedores que compareceram ao estádio, que teve um público presente de pouco mais que 72 mil pessoas. O time do Rio foi para frente em busca do gol de empate, com isso acabava dando espaços para o time do Corinthians atacar. Até que, aos 18 minutos, o Vasco marcou com Rodrigo Pimpão. Antes do final do jogo, Fernando e Felipe fizeram boas defesas e mantiveram o placar em 1 a 1. No próximo encontro, em São Paulo, Ronaldo, que está machucado, deve retornar a equipe. Já no Vasco, Carlos Alberto não participou do jogo por estar suspenso, mas está confirmado para a partida no Pacaembu. Antes do jogo da semifinal, as equipes ainda jogam no fim de semana, o Vasco vai enfrentar o Paraná pela Série B, enquanto o Corinthians tem o Santos pela frente, na Série A.

No embalo das torcidas

Por Guilherme Souza

Na noite da última quarta feira, Corinthians e Vasco duelaram numa partida de fortes emoções no Maracanã. A torcida do Vasco compareceu em massa e provou que pode lotar o maior do mundo, contagiando a todos. Já a torcida do Corinthians não ficou por deixou por menos, mesmo com um público em menor quantidade, diferente daquela partida entre Fluminense e Corinthians pela Copa do Brasil. Por volta das 21:45h, o Maracanã já estava praticamente lotado, grande parte por torcedores vascaínos. Entra em campo o time do Corinthians, que é aplaudido por sua torcida e vaiado pela do Vasco. Alguns minutos depois, Vasco entra e é ovacionado. Inicia-se o jogo e o que se percebe logo era que o Corinthians, mesmo sem o fenômeno Ronaldo (ausente por uma contusão), estava com a equipe concentrada e uma marcação acirrada a todo o momento, prova disso é que, mesmo na ausência do fenômeno, demonstrou maturidade. Já o Vasco, mesmo com todo o apoio da torcida deixou um pouco a desejar, apesar de perder logo no início do jogo grandes chances de gol. A resposta que muitos temiam veio de Souza em passe para Dentinho, quebra o silêncio e marca o primeiro gol. A torcida corintiana, mesmo em minoria, vai ao delírio. O Vasco busca fôlego e tenta a todo o momento forças para virar o jogo. O primeiro tempo termina com vantagem do Timão (1 a 0). Já no segundo tempo, o Vasco volta com mais garra e determinação, busca artifícios para virar o jogo e tenta evitar a derrota na semifinal. Aos 19, Pimpão recebe de Élton um excelente passe e empurra para as redes: 1 a 1. A festa nas arquibancadas foi geral, e o empate veio com o grito da torcida. Por sorte do Vasco e azar para o Corinthians, Fernando Prass impediu com o pé o gol de Elias. As torcidas marcaram presença até o último momento, porém o empate prevaleceu. Após o término do jogo, na coletiva, Amaral diz que “os jogadores voltaram com mais fôlego e vontade de jogar”. Já o técnico do Corinthians, Mano Menezes, diz que “a equipe precisa dar uma resposta sem o Ronaldo, está mais madura e está mostrando isso, o Ronaldo é um jogador de definição e linha”. Cabe agora aos clubes criarem táticas, desviar o foco do Campeonato Brasileiro e poder pensar só na Copa do Brasil.

O sentimento não pode parar

Por Juliana Santos

Esta frase proclamada várias vezes pelos torcedores vascaínos traduz bem o que se viu no empate em 1 a 1 entre Vasco e Corinthians, no Maracanã. O primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil foi marcado por uma belíssima festa da torcida cruzmaltina. Mesmo em desvantagem, a galera do Timão também compareceu. Conclusão: um espetáculo de arrepiar. Festa à parte, vamos ao jogo, que começou equilibrado, com as duas equipes impondo ritmo acelerado. O Vasco mostrava garra, mas que não se traduzia em oportunidades claras, enquanto o Coringão ia pra cima puxado por Souza (o camisa 43, por sinal, fez uma excelente partida). A superioridade do Corinthians nas armações das jogadas, na marcação e nas conclusões foi provada. Aos 29 minutos do primeiro tempo, com um chute forte, Dentinho marcou 1 a 0. Daí pra frente, o Vasco se abateu e recuou o jogo. No segundo tempo, entrou em campo o 12º jogador do time de São Januário, a torcida, que empurrava a equipe e fazia o Maraca ferver e tremer. O efeito: aos 19, Élton deu um belo passe de calcanhar para Rodrigo Pimpão, que imprensado com Willian , marcou um confuso e formidável gol. O maior do mundo foi ao delírio. Os apaixonados pelo Vasco ainda respiraram fundo com uma grande chance de Ramon, mas ficou assim: 1 a 1. O empate deixa a decisão para o Pacaembu, com o time do Parque São Jorge tendo a vantagem do empate em 0 a 0, isso significa que Vascão tem que ir pra cima se quiser estar na final.
Não posso encerrar essas linhas sem fazer um breve comentário sobre minha visita ao templo do futebol. Emoção indescritível, fascínio e alegria se misturaram a uma grande vontade de aprender. Que festa, mais de 72 mil pessoas reunidas por um único objetivo, torcer! Emoção igual será difícil!

Que Festa, que Jogo!

Por Diego Souza

Pelo primeiro jogo das semifinais da Copa do Brasil, Vasco e Corinthians fizeram uma das festas mais bonitas e um do melhores jogos do ano. O Maracanã, com mais de 70 mil pessoas, não parou de balançar durante os 90 minutos. Ao final da partida, com o placar em 1 a 1, as duas torcidas continuavam cantando, incentivando as equipes para o jogo de volta, na quarta-feira da próxima semana em São Paulo. O Vasco, que se sentia em casa, começou empurrado pela torcida, mas sem conseguir criar boas chances. O time paulista apresentou o mesmo futebol da segunda partida contra o Fluminense, segurou o ímpeto carioca no início do jogo e depois tomou conta do meio de campo. E curiosamente a equipe da Colina cometeu os mesmos erros do Tricolor carioca. Sem saída de bola, a equipe sentia falta do maestro Carlos Alberto e acabou sendo pressionado durante boa parte da etapa inicial. Tanto que, aos 29 minutos, o Timão saiu na frente: Dentinho foi lançado e bateu na saída de Fernando, que nada pode fazer. Até o fim da primeira parte do jogo, as torcidas seguiam duelando para ver quem cantava mais alto. Na etapa final, logo aos cinco minutos, o técnico Dorival Júnior fez duas substituições que mudaram a postura vascaína. A partir desse momento, o Vasco começou a pressionar o time do Parque São Jorge que só conseguia ameaçar com contra-ataques. O Maracanã balançava com a torcida cruzmaltina que a essa altura engolia a torcida visitante de tanto cantar. O time de São Januario chegou ao empate aos 18 minutos em linda jogada, Paulo Sérgio na linha de fundo cruzou para Elton que deu lindo passe para Pimpão empatar o jogo e explodir o estádio de alegria. Com o jogo em igualdade, as equipes ainda trocaram boas jogadas, com destaque para uma defesa de cada goleiro em chutes à queima roupa. Fernando pegou chute de Elias e Felipe pegou uma bola de Elton. Em uma festa como essa não seria justo nenhuma torcida sair triste. A Fiel comemora o empate fora de casa; a do Vasco o bom segundo tempo e a esperança da classificação para final.

Maracanã se transforma no caldeirão vascaíno

Por Leandra Barros

No primeiro jogo de Vasco x Corinthians, pela semifinal da Copa do Brasil, em pleno Maracanã, o resultado foi um empate de 1 a 1. Embora os cariocas sacudissem o maior do mundo na busca por impressionar, o Vasco demonstrou claramente a ausência do jogador Carlos Alberto. Aos 29 minutos do primeiro tempo, com o jogo já controlado pelo Corinthians, o Timão saiu na frente. Após falha do jogador Amaral, que errou ao tentar fazer a linha de impedimento, Dentinho ficou livre para fazer o passe de Jorge Henrique que marcou. O Maracanã silenciou-se, dando a voz à pequena torcida visitante e ao domínio do Coringão, que tinha um Souza em noite inspiradíssima. A sentença foi do próprio Mano: “Foi à melhor atuação de Souza em jogos oficiais, a bola obedece aquilo que fazem de bom para ela” declarou o treinador corintiano.
No segundo tempo, Dorival Júnior, logo nos primeiros minutos, substituiu Jeferson e Nilton por Enrico e Mateus, respectivamente. O alvinegro paulista desperdiçou boas chances e o Vasco correu atrás do prejuízo. Com a ajuda da torcida, aos 18 minutos, empatou o jogo com gol de Rodrigo Pimpão, na jogada em que Elton recebeu de Paulo Sérgio, na grande área, e deixou de calcanhar para Pimpão que conduziu e se preparou para chutar dividido com William e a bola acabou entrando.
Se antes da partida não havia favorito, como declarou Rodrigo Pimpão à imprensa durante a semana, parece que a ausência de Carlos Alberto foi um dos principais motivos para o cruzmaltino não sair desse empate em 1 a 1. Para o técnico vascaíno: o time sentiu a ausência do Carlos, procuravam por ele, mas não achavam. Ele complementa o Vasco, enquanto o Ronaldo acrescenta ao Corinthians”, argumenta Dorival. Os dois times devem poupar suas principais estrelas para a partida da próxima quarta-feira (03/06) no Pacaembu. O Vasco volta a campo nesse sábado para enfrentar o Paraná, pela Série B. Já o Corinthians enfrenta o Santos pela quarta rodada da Série A, também no fim de semana.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Descupem pela demora. Para quem quiser conferir, os textos sobre a partida entre Fluminense x Corinthians já foram postados (com data de 21/05). Vale à pena lê-los. Abraço a todos, WCB.

Jornalista, torcedor, cidadão

Duas notícias nos chocaram esta semana: a primeira falava sobre um jornalista que insistiu em torcer da Tribuna de Imprensa do Maracanã; a segunda, que torcedores partiram para a agressão contra jogadores do Fluminense, em pleno treino. Pois bem, quais os problemas nas duas situações? Sabemos que o homem é um ator social (até aí nenhuma novidade) e que esse ator desempenha vários papéis (sociais, é claro). Isso, trocando em miúdos, significa dizer que um mesmo ator pode ser, ao mesmo tempo, pai, filho, cônjuge, estudante, professor, psicólogo, médico, policial, jornalista, torcedor... Imaginem eu gritando com a minha filha, lendo o lide para que ela aprenda a lição da escola! Poderia continuar apresentando as multifaces de um ser humano, mas nos interessa explorar algumas das características já citadas aqui. Evidentemente que não há como ser jornalista e esquecer para que time torce. Isso acabaria celebrando o tal do sujeito cartesiano, sem contar que o mito da objetividade teria triunfado, como se já não valessem as críticas de Nelson Rodrigues. Mas, isso não significa que não devemos ter consciência do papel social que desempenhamos em cada momento do nosso dia. Quando uso o espaço destinado à imprensa (no caso do Maracanã, a Tribuna de Imprensa), preciso ter a exata noção do personagem que ali está. Se quiser torcer, compro o ingresso e vou para as arquibancadas incentivar ou criticar meu clube de coração. Assim, soa como ignorância ou cinismo usar o espaço destinado aos jornalistas para me manifestar como torcedor.
Aliás, por falar em torcedor, este também deveria conhecer o seu lugar no processo. Como tal, o sujeito está apto para (novamente) incentivar ou criticar um elenco, jamais para agredir os jogadores que, como profissionais, merecem respeito como qualquer outra categoria. Novamente recorramos à imaginação: seria possível um morador agredir a um síndico se avaliasse que ele não estava desempenhando suas funções adequadamente? E o escriturário, poderia ter a mesma atitude com seu chefe? Ou o jornalista, por discordar de um veto do editor? Nosso objetivo aqui não é ditar normas de comportamento. Muito pelo contrário. O que buscamos ao longo desses anos de formação profissional é lutar para que nossos direitos como cidadãos sejam respeitados. Se avaliar que o jogador pode ser agredido por não desempenhar suas funções da maneira que gostaríamos, ou ainda, que posso usar das prerrogativas que tenho como jornalista para ser um torcedor privilegiado, qual seria a minha posição diante de um delegado de polícia que vai a uma partida de futebol, torcendo pelo time adversário, e me enquadra pelo uso de palavras que julgue inadequadas? Naquele momento, ele é um cidadão como outro qualquer, um torcedor, não o delegado. Respeito ao outro é fundamental, por isso a nossa indignação contra os episódios do Maracanã e das Laranjeiras e nosso total apoio à Associação dos Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro (ACERJ) e aos jogadores do Fluminense Football Club.

domingo, 24 de maio de 2009

Se a melhor defesa é o ataque...

... O Botafogo está com problemas. O time fez sua terceira partida pelo Brasileirão e ainda não venceu. Na tarde de hoje, o alvinegro foi derrotado pelo Grêmio (2 a 0) no Estádio Olímpico, em Porto Alegre. Os gaúchos mantiveram o controle do jogo, sendo superiores o tempo todo. Pelo tricolor, Jonas foi o jogador mais perigoso. Deu passes, marcou a saída de bola do alvinegro e teve sua atuação contemplada no segundo tempo ao marcar o primeiro gol a favor dos donos da casa. Ao time da estrela solitária restou lamentar a falta cobrada por Juninho, que bateu na trava (no primeiro tempo, ele já havia feito outra cobrança, defendida por Victor), e assistir à belíssima jogada do segundo gol gremista: numa rápida troca de passes entre Douglas Costa, Maxi López e Fábio Santos, este último empurrou a bola para o fundo das redes. O elenco comandado por Ney Franco deu clara demonstração de que precisa de reforços. O mais imediato deve ser volta de Reinaldo, que tem feito muita volta ao ataque, uma vez que Victor Simões nem de longe lembra aquele atacante que brilhou na Taça Guanabara.... O Flamengo tem o que comemorar. O time venceu o Santo André esta noite, jogando em São Paulo, pelo placar de 2 a 1. Os gols do preto e vermelho foram marcados por Josiel (Ricardo Conceição descontou para os donos a casa, ainda no primeiro tempo). Dessa vez, o time carioca conseguiu refletir a sua superioridade no placar, apesar de sofrer pressão em determinados momentos da partida. Com um esquema bem definido, o técnico Cuca lançou Everton Silva e Everton nas alas direita e esquerda, respectivamente (nos lugares de Léo Moura e Juan), que acabaram criando boas jogadas de linha de fundo. Num desses cruzamentos, o camisa nove desencantou, fazendo o 1 a 0. O empate no final da primeira etapa quase complicou a vida do time carioca, mas, aos 20 minutos do segundo tempo, num contra-ataque velocíssimo, Ibson lançou Josiel que encobriu o goleiro Neneca. Com a vitória, o rubro-negro subiu para a décima posição. Na próxima rodada, o clube da Gávea espera subir mais alguns degraus na tabela, pois enfrenta o Atlético Paranaense, no Maracanã, em partida que marcará a volta do imperador Adriano.

Liderança na Série B e tubarão no Maracanã

Por Marcelo Ramos

O Vasco da Gama jogou em casa contra o Atlético Goianiense e venceu pelo placar de 3 a 0. O destaque foi Carlos Alberto que, com seus dribles e jogadas, acabou por pendurar cinco adversários, sendo um deles expulso ainda no primeiro tempo. O jogo tecnicamente foi fraco e o time cruzmaltino jogou de forma lenta, deixando a sensação de estar com a cabeça na partida de quarta-feira, contra o Corinthians, pela semifinal da Copa do Brasil. Os goianos tiveram ainda algumas boas chances, aproveitando a apatia da equipe carioca, mas esbarraram em Fernando Prass. No final do primeiro tempo, o atacante Elton escorou de cabeça uma bola cruzada pelo Paulo Sérgio em cobrança de falta e abriu o marcador. Na etapa final, Dorival Junior, que parecia insatisfeito com o rendimento da equipe, fez algumas modificações. O jogo continuou moroso e o time do Atlético chegou a ser superior ao do Vasco. Porém, após uma bela arrancada de Nilton (um dos nomes do jogo), o meia passou a bola para Edgar que carregou e marcou o segundo gol. Já nos acréscimos, Ramon aproveitou uma bola pela esquerda e foi até a linha de fundo e tentou o cruzamento, a bola enganou o goleiro e entrou a sua direita, 3 a 0. Com a vitória o time a liderança da Série B do Brasileirão.
O Fluminense recebeu o Santos no Maracanã e tomou uma goleada inesperada da equipe paulista (4 a 1). O tricolor começou jogando bem e exercendo uma forte marcação pelo meio e tentando abrir suas jogadas pelas pontas, e foi assim que surgiu o gol do Fluminense: bola cruzada da esquerda, a marcação santista não cortou e Mariano aproveitou, mandando para o fundo da rede. Fred ainda teve a chance de ampliar logo depois, mas a bola saiu caprichosamente à direita da trave adversária. O Peixe acordou e partiu em busca do resultado, equilibrou o jogo e conseguiu o empate com Molina, em cobrança de falta. No segundo tempo, o time das Laranjeiras não conseguiu imprimir ritmo de jogo e seguiu tentando desempatar em jogadas de contra-ataques, mas foi o Santos que ampliou a vantagem, com um gol do baixolinha Madson, ex-Vasco, e novamente em boa jogada de Molina que encontrou o companheiro livre para tirar de Fernando Henrique e empurrar para o gol. O time santista cresceu mais ainda e o técnico Vagner Mancini decidiu colocou Neymar no lugar de Molina, e ele, em sua primeira jogada, fez o passe para Madson que cruzou e encontrou Kleber Pereira sozinho na área do Fluminense para marcar, Santos 3 a 1. O time carioca continuava perdido e a equipe paulista seguia como um rolo compressor e foi assim que o atacante Kleber Pereira marcou mais um, o último da goleada santista. Final de jogo, vitória maiúscula do Peixe e a certeza de que o Fluminense precisa se organizar e contratar jogadores para algumas posições carentes do time.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Acordou tarde

Por André Luiz Nogueira

O Fluminense, que precisava da vitória para manter-se vivo na Copa do Brasil, já que perdera o primeiro jogo no Pacaembu por 1x0, não passou de um empate em 2x2 com o Corinthians ontem no Maracanã. Empurrado por sua torcida que lotou o maior do mundo, o tricolor começou pressionando, mas foi o timão quem abriu o placar. Chicão, em linda cobrança de falta, fez 1x0. Em outro lance, Dentinho, em ótima jogada, lançou Jorge Henrique que, de coxa, marcou o segundo do time paulista. Isso tudo antes dos vinte minutos do primeiro tempo, que ainda teve um gol de Fred anulado pelo arbitro Carlos Eugênio Simon, assinalando o impedimento do artilheiro.
No segundo tempo, Parreira colocou Dieguinho e Alan nos lugares de Eduardo Ratinho e Maicon, respectivamente. Logo as mudanças surtiram efeito, Conca chutou da entrada da área, Felipe deu rebote e Alan de cabeça marcou para os cariocas. O gol acendeu de vez a torcida, que viu Conca achar Thiago Neves livre na área para marcar o segundo. Mas ai já era tarde, a vaga era do Corinthians, que agora pega o Vasco da Gama pelas semi-finais da Copa do Brasil.

Atrás da bola

Por Claudine Peixoto

Quartas de final da Copa do Brasil. Rivalidade, expectativa, esperança e torcida estiveram presentes em cada jogador e torcedor de Fluminense e Corinthians. O estádio do Maracanã foi o palco deste jogo que começou bem antes de 21:55h do dia 20 de maio. Durante a semana, os treinadores Carlos Alberto Parreira e Mano Menezes trocaram algumas provocações e fizeram suspense com a escalação dos times. O clima de tensão sobrou até para a torcida tricolor, que foi convocada pela diretoria do Fluminense e compareceu com mais de 64 mil pessoas numa grande festa. Teve pó de arroz e um grande mosaico com a palavra Fluzão. O time de Laranjeiras começou ofensivo, tentando impor pressão, mas aos seis minutos Chicão cobrou falta, acertou no ângulo e abriu o placar para o Corinthians.
O balde de água fria veio aos 16 minutos com Jorge Henrique, que tocou de coxa por cobertura para fazer o segundo gol do time paulista. O Fluminense parecia não acreditar no placar e se perdeu em campo. Até o fim do primeiro tempo, o time do tricolor apertou, mas não conseguiu armar nenhuma boa jogada. Fred ainda conseguiu marcar um gol que foi anulado. O Corinthians se manteve na defesa e aproveitou alguns contra-ataques com velocidade.
No início do segundo tempo, o Fluminense adotou uma postura ofensiva e partiu para cima do visitante. O goleiro Felipe espalmou alguns chutes em seqüência até o atacante Alan cabecear para fazer o primeiro gol tricolor. A torcida voltou a acreditar numa possível virada e vibrou muito quando, aos 23 minutos, Conca deixou Thiago Neves livre para marcar. Partida empatada. A esperança voltou aos corações tricolores. Mas, já era tarde demais. O Corinthians soube administrar a vantagem, conseguiu dominar o jogo, e se classificou para as semifinais da Copa do Brasil. E o grande fenômeno da noite? O dono dos flashes, Ronaldo, esteve apático durante o jogo e só chutou uma vez ao gol. O jogador corinthiano admitiu que não esteve bem nas três última partidas por conta de uma gripe e um estiramento na panturrilha direita. O camisa nova disse que, apesar da presença do técnico da seleção brasileira Dunga no Maracanã, ainda não se sente preparado para voltar à seleção. O Timão volta ao Maracanã na próxima quarta-feira para enfrentar o Vasco da Gama.

Elenco faz diferença

Por Diego Henrique

No segundo jogo pelas quartas de finais, da Copa do Brasil, Fluminense e Corinthians se enfrentaram no Maracanã. Todos esperavam gols de Fred e Ronaldo, mas, assim como na primeira partida, os coadjuvantes fizeram a diferença. O Corinthians demonstrou ter um elenco mais preparado para ganhar a competição e garantiu a classificação com um empate em 2 a 2. O Tricolor entrou em campo com a obrigação da vitória por dois gols de vantagem, enquanto o Timão jogava pelo empate e por alguns resultados em caso de derrota. O que se viu no início de jogo foi um Coringão surpreendente e um Fluminense apático. Antes dos 20 minutos, o time do Fenômeno, Ronaldo, já vencia por 2 a 0, com gols de Chicão, em cobrança de falta, e Jorge Henrique, que após receber lançamento encobriu Fernando Henrique. Esse resultado praticamente acabava com as chances do time carioca de reverter o placar, já que precisaria virar o jogo para 4 a 2. O primeiro tempo seguiu sem mais alterações no resultado.
Já na etapa final, restava ao Tricolor ir para o tudo ou nada. Além das alterações de algumas peças, promovidas pelo técnico Parreira, o que se viu foi uma mudança radical de atitude. Uma equipe mais guerreira voltou para o segundo tempo em busca de uma virada que entraria para a história do futebol. O time das Laranjeiras, ao fim do jogo, só tinha conseguido chegar ao empate, com gols do jovem Alan e de Thiago Neves. E o time paulista deixou clara a superioridade técnica que existe entre os dois clubes. Com o resultado final, o Timão garantiu a sua vaga nas semifinais, onde enfrentará o Vasco. Já a equipe do Fluminense volta as suas atenções todas para a disputa do Brasileirão.

Nem João de Deus salva o Flu

Por Fabrício Santos

O time das Laranjeiras começa a partida com uma escalação equivocada, ficando perdido os 45 minutos iniciais e deixando o Coringão abrir dois tentos (Chicão e Jorge Henrique) de vantagem com apenas 16 minutos de jogo. Empurrado por 68 mil torcedores que lotaram o Maracanã e com duas modificações os comandados de Parreira, voltam um pouco melhor no segundo tempo, fazem dois gols (Alan e Thiago Neves) em cinco minutos, mas não conseguem reverter placar adverso e dão adeus a Copa do Brasil. Mesmo com o mistério na escalação de sua equipe, o comandante tricolor, Carlos Alberto Parreira, deixou visível que estava tentando inovar colocando, em tese, o lateral-direito Eduardo Ratinho improvisado na ala esquerda. Digo em tese porque a maior surpresa ainda estaria por vir. O técnico do Fluminense fez algo que ninguém esperava, colocou Mariano (que jogaria pelo lado direito) na esquerda e puxou Ratinho para a direita tentando dar um nó tático em Mano. Porém, para azar da equipe carioca, o tiro saiu pela culatra, pois a inversão não surtiu efeito nenhum. Ao contrário, o Flu ficou perdido em campo com seus dois laterais inoperantes, tanto ofensivamente quanto na defesa.
O estrago era tão evidente que os gols da equipe paulista surgem pelo lado direito da defesa tricolor onde o atacante Jorge Henrique passeava com sua agilidade e seus dribles rápidos. No primeiro ele sofreu a falta que Chicão cobrou com maestria. Já no segundo, aproveitou belo lançamento de Dentinho e correu nas costas de Eduardo Ratinho, finalizando a jogada com um belo toque de cobertura em Fernando Henrique. Nem mesmo a polêmica envolvendo o lateral direito do Corinthians (ele afirmou que não sentiria pressão por jogar no Maraca, porque a torcida do tricolor não apoiaria o time os noventa minutos) foi capaz de motivar o tricolor carioca o suficiente. A torcida compareceu e o que se viu no maior do mundo foi uma festa linda em três cores: verde, branco e grená. Formaram-se mosaicos com as cores do time escrito FLUZÃO, alem de cânticos e gritos apoiando o time. O clima perfeito para o Flu conseguisse seu objetivo. Mas, em campo, o time não mostrou a mesma qualidade com os pés, como mostrou Thiago Neves ao rebater a declaração de Alessandro. Mesmo melhorando na etapa final, a equipe carioca não conseguir realizar a difícil proeza de marcar quatro gols. Dessa vez, nem mesmo a entoação de “A benção João de Deus”, onde a torcida clama pela ajuda do já falecido pontífice João Paulo II em uma forma de pedir aos céus uma luz divina para ajudar o Fluminense, foi capaz de salvar o clube da eliminação.

Debutando no Maraca

Por Luiz Gustavo Furlan

Maracanã com 69 mil pessoas em plena quarta-feira não é todo dia, mas com o jogo que estava por vir se explica tamanha grandeza: Fluminense x Corinthians. No jogo de volta das quartas-de-final da Copa do Brasil, o Flu precisava ganhar por dois gols de diferença, já que tinha perdido a primeira partida por 1 a 0. Caso não obtivesse êxito, seria eliminado da competição. Por outro lado (independente do resultado), aquele seria meu dia de debutante no maior estádio do mundo. Ansiedade, nervosismo e preparação foram mais que presentes. Com a máquina fotográfica molhada pelo suor das minhas mãos, registrei em filmes e fotos, o grande evento que me fez chegar as duas da madruga em casa. Também me fez entender o porquê de quase 70 mil pessoas fazerem o mesmo. É coisa de outro mundo! Não há outra palavra senão: ESPETÁCULO!
Vamos ao que interessa: para quem estava vendo o começo do jogo achava que daria Fluminense, pois nos cinco primeiros minutos o Corinthians ainda não tinha passado do meio de campo. Mas foi só a pressão de jogar no Mário Filho e ver a torcida adversária fazer um mosaico gigante com as cores do time e jogando mais de 30 quilos de pó de arroz das arquibancadas. Show à parte. Porque aos seis minutos de bola rolando, Chicão fez o primeiro gol para o time de Mano Menezes. Dez minutos depois, debaixo de chuva, Jorge Henrique marca um lindo gol de cobertura em Fernando Henrique. Já aos 30 minutos, o juiz anulou um gol de Fred por impedimento e o primeiro tempo terminou em 2 a 0.
No segundo tempo, o time das Laranjeiras resolve reagir e parte para o ataque com Alan diminuindo a diferença aos 19 minutos. Thiago Neves empata a partida em 2 a 2 (aos 23) e o jogo começa a pegar fogo com os dois times apostando tudo para chegar à classificação. Com o resultado mantido, o Corinthians eliminou o Fluminense e segue para a semifinal da Copa do Brasil. Na coletiva após a partida, Ronaldo explicou a atuação coadjuvante que teve na partida, dizendo-se estar em recuperação de uma gripe e que sofre dores por conta de uma contratura na panturrilha direita (suspeita que foi confirmada em diagnóstico posterior). Falando em debutar, Ronaldo é que não consegue marcar no Maraca. Esse foi o terceiro jogo que o atacante fez no estádio e ainda não marcou nenhum gol. As outras partidas foram em 1993, pelo Cruzeiro, e em 1998, pela Seleção Brasileira.

Maraca vira terra da garoa

Por Pedro Ferreira

“Não falam que São Paulo é a terra da garoa? Já que está chovendo, vamos aproveitar.” As palavras do jogador corintiano Wellington Saci ilustram bem o que foi esse Fluminense x Corinthians. Num jogo que será lembrado pelo show dado por mais de 65 mil torcedores, o Timão levou a melhor, empatando em 2 a 2 com o time das Laranjeiras, em pleno Maracanã, conquistando assim a vaga para as semifinais da Copa do Brasil. Quem esperava um espetáculo protagonizado por Ronaldo e Fred, assistiu a belíssima atuação dos coadjuvantes Conca e Jorge Henrique. Mesmo com uma atuação abaixo da média, o Fenômeno não comprometeu o time paulista. Questionado sobre a sua queda de rendimento, o camisa nove explicou porque estava há três jogos sem marcar. Os motivos seriam uma forte gripe e, logo em seguida, uma contratura na panturrilha direita, num treino de velocidade as vésperas da primeira partida pelas das oitavas, no Pacaembu.
No começo da partida, o Fluminense pressionou, a intenção era reverter o resultado de São Paulo. Mas o time do Parque São Jorge soube administrar a pressão. Na primeira investida ao ataque, numa falta cobrada com maestria, Chicão, aos seis minutos, inaugura o marcador. O gol acabou deixando os comandados de Parreira mais nervosos. Maicon, que tinha acabado de receber um cartão amarelo, comete falta dura em Jorge Henrique. Ao invés da expulsão merecida, o juiz preferiu advertir verbalmente o camisa sete tricolor. O Timão continuava atacando e, aos 26 minutos, Jorge Henrique encobre o goleiro tricolor, com um toque de coxa para fazer 2 a 0, aproveitando um ótimo lançamento de Dentinho. Com o gol, o Corinthians domina o jogo até o final da primeira etapa.
Com o inicio do segundo tempo, a torcida tricolor sente a necessidade de apoiar. E, com as mudanças feitas por Parreira no intervalo, o time volta com outra postura. Sai Eduardo e entra Dieguinho, e Alan (que substituiu Maicon), aos 19 minutos, aproveitando uma rebatida feita pelo goleiro Felipe, faz de cabeça. Sentindo o bom momento, o time das Laranjeiras começa a pressionar. E numa bola enfiada por Conca, Thiago Neves, que até o momento estava sumido, empata a partida, aos 23 minutos, fazendo o Maracanã literalmente balançar. Mas aí vem a experiência do time de Mano Menezes, que administrou a partida até o fim, sem complicação, levando a melhor contra os cariocas, que iniciaram uma reação tardia para quem estava lutando por uma classificação.

Flu fora da copa do Brasil

Por Thiago Martins

A torcida do Fluminense fez um espetáculo, lotando o Maracanã. Só que o sonho da classificação para as semifinais da Copa do Brasil durou pouco. O Corinthians fez dois gols nos primeiros 20 minutos do jogo, desestabilizando o time tricolor. No segundo tempo, o Fluminense conseguiu empatar em 2 a 2.Com o resultado, o time carioca se despediu da competição, enquanto paulista enfrenta o Vasco nas semifinais. Os gols do Corinthians vieram no primeiro tempo. Numa cobrança de falta, Chicão abriu o placar. Dez minutos depois, aos 16, Jorge Henrique fez o segundo. A reação do Fluminense veio no segundo tempo, com gols de Alan e Thiago Neves. Ronaldo ainda foi provocado pela torcida tricolor, numa faixa que trazia escrito: “Ronaldão, o Rio te ama! Andréa (traveco) também!”. Mas, a maior preocupação do astro do Corinthians é voltar a fazer parte da seleção: “Espero me recuperar e fazer um bom futebol para ser convocado”, deseja o jogador.
Maracanã também é palco de novas experiências. Não faltou emoção para os jovens debutantes que estiveram no maior estádio do mundo. Apesar de não haver torcedores do Fluminense ou Corinthians entre nós, pudemos cobrir a partida da Tribuna de Imprensa e conhecer um pouco do jornalismo esportivo. No final ainda pudemos acompanhar à coletiva da qual participaram Ronaldo e Mano Menezes pelo lado paulista com Fred e Parreira representando o tricolor.

Não foi dessa vez

Por Vanessa Morais

Maracanã cheio, chuva e Young Flu desapontada. Essa é uma boa descrição para o Fluminense e Corinthians que aconteceu da última quarta-feira (20/05). A pequena torcida foi o 12° jogador do timão, acompanhou o time a todo tempo e não hesitava às provocações feitas pela torcida adversária, respondendo-as com muita energia. mas, não se pode dizer o mesmo da torcida tricolor. Aos seis minutos do primeiro tempo, Chicão cobra a falta no ângulo que abre o placar para os paulistas. A bola, que entrou com toda força no gol, parecia ter entalado na garganta dos tricolores, calando mais de 50 mil torcedores do Fluminense. Todo o primeiro tempo foi de muito sufoco e agonia tanto para os torcedores quanto para o técnico Carlos Alberto Parreira, que mal chegava a lateral do campo, talvez de tanto nervoso que sentia. Parecia que o primeiro gol lavou o bonito mosaico montado pela torcida tricolor, antes do início da partida.
O segundo gol corintiano, marcado por Jorge Henrique (ex Botafogo), foi uma espécie de quebra das regras físicas. Já imaginou aproximadamente três mil pessoas calarem uma ampla maioria no grito? É, isso aconteceu. Apesar das vaias e dos gritos opressores da torcida do Fluminense, os corintianos surpreenderam e mostraram que realmente são fiéis, empurrando seu time (e desestruturando os tricolores) a todo o momento. No segundo tempo, o Fluminense parecia ter reabastecido as energias e voltado com carga total. Aos 16 minutos, Alan chutou forte e Felipe defendeu em dois tempos. Mas, dois minutos depois, um grito de alivio e esperança ecoou da torcida tricolor: o mesmo Alan diminuiu para Fluminense, depois de uma falha do goleiro Felipe. A partir daí, a torcida ressurgiu do silêncio e o Maracanã voltou a estremecer. E a felicidade não parou por aí. Aos 23 minutos, Thiago Neves marca um golaço, após receber ótimo passe de Conca, para o delírio da torcida. O empate aproximava o tricolor de uma vaga na semifinal da Copa do Brasil. Com o segundo gol, o Corinthians resolveu acordar para o jogo, ou pelo menos tentou. Aos 31 minutos, Ronaldo, visivelmente cansado e apagado, chuta fraco para uma defesa fácil, com os pés, de Fernando Henrique.
Apesar da vontade de jogar, o placar já parecia estar definido. Nem mesmo o chute perigoso de Thiago Neves (aos 39) foi capaz de tirar do rosto dos tricolores a expressão de que nadaram, nadaram e morreram na praia. Pode-se dizer que a decepção da torcida das Laranjeiras pôde ser externada através dos gritos de “traveco” destinados a Ronaldo no momento de sua substituição, transformando decepção em provocação.A partida terminou empatada (2 X 2). A vontade tomou conta dos jogadores tricolores e a entrada de Tartá (implorado pela torcida), no lugar de Marquinho, no finalzinho, não levou o time carioca a vitória. Esse resultado favorecia o timão, que havia ganhado a partida contra o Fluminense em São Paulo (1 a 0). O próximo jogo do Corinthians será nessa quarta-feira (27/05) no Maracanã contra o Vasco e mais uma vez os torcedores cariocas prometem fazer a festa para intimidar os paulistas. Será que dessa vez funcionará?

Quando desejo e conquista se juntam

A torcida do Internacional compareceu em peso ao Gigante da Beira-Rio para incentivar seu time na busca por uma vitória que o credenciasse para a próxima fase da Copa do Brasil. Resultado: desejo e conquista se juntaram no apito final, quando o Colorado saiu vencedor do confronto com o Flamengo (2 a 1), eliminando o adversário, nessa que foi uma das melhores partidas de 2009, na avaliação da crônica esportiva. No Maracanã, mais de 60 mil torcedores foram ao estádio empurrar o Fluminense, que precisava fazer dois gols no Corinthians, sem que o timão fizesse nenhum. Como ao final do primeiro tempo, o clube do Parque São Jorge já vencia por 2 a 0, o tricolor passou a necessitar fazer quatro gols, sem tomar nenhum. Como conseguiu apenas dois e a partida terminou empatada (2 a 2), quem levou a classificação foi o Coringão. Resultado: o desejo da torcida e do clube das Laranjeiras e a conquista da vaga não se juntaram, causando frustração a ambos. Mas, falando ainda do Estádio Mário Filho, esta noite não foi só decepção. Isso porque pude acompanhar o encontro de desejo e conquista na atuação de oito jovens talentos que lá estiveram para fazer a cobertura do belíssimo jogo que fizeram Fluminense e Corinthians: André Nogueira, Claudine Peixoto, Diego Souza, Fabrício Santos, Luiz Gustavo Furlan, Pedro Ferreira, Thiago Martins e Vanessa Morais. Disposição, interesse, atenção, responsabilidade. Todos mostraram os ingredientes necessários para quem busca o aprimoramento da formação. É importante que ressaltemos que, se o desejo esteve o tempo todo presente nessa jornada, a conquista deve-se, e muito, à cortesia, disponibilidade e atenção dispensadas a nós pelos órgãos responsáveis pela cobertura jornalística dentro do maior do mundo. Assim, serão esses oito debutantes quem contarão a vocês, amigos leitores, os detalhes dessa inesquecível partida das quartas de final da Copa do Brasil.

Entre burocracia e emoção, apenas um carioca sobrevive na Copa do Brasil

Por Marcelo Ramos

Foi uma quarta-feira cheia de emoção, mas também de futebol burocrático e sonolento. O Vasco foi a Bahia jogar contra o Vitória e voltou com um empate (1 a 1), enquanto o Fluminense, que jogava em casa, não passou de um empate com o Corinthians (2 a 2) e foi eliminado da Copa do Brasil. Pode-se dizer que o jogo entre os cariocas e baianos acabou aos 5 minutos do primeiro tempo, pois com o empate, o time cruzmaltino conquistou o direito de participar da semifinal do torneio, já que havia ganho o time baiano em casa pelo placar de 4 a 0. Com isso, o jogo foi apenas burocrático, com a equipe carioca tocando a bola e fazendo o tempo passar. Para piorar, o Vitória teve o seu atacante, Neto Baiano, expulso ainda no primeiro tempo, dificultando ainda mais o seu poder de reação. O segundo tempo foi ainda pior, ao ponto de haver certa sonolência por parte do Vasco que seguia tocando a bola e não atribuindo velocidade nem mesmo nos contra-ataques. No final, o time da cruz de malta saiu com a certeza de missão cumprida e aguarda o Corinthians na próxima etapa da competição. Agora, resta torcer para que o Vasco seja um representante a altura do futebol carioca e chegue à final da Copa do Brasil.