sábado, 30 de maio de 2009

Queimando as reservas da Série B

Por Marcelo Ramos

O Vasco da Gama foi ao sul enfrentar o Paraná Clube com uma equipe reserva, com exceção do goleiro Fernando Prass, e conheceu a sua primeira derrota no campeonato brasileiro (3 a 1). O técnico Dorival Junior lançou mão da equipe reserva com o intuito de poupar os jogadores titulares para a partida da semifinal da Copa do Brasil. O time carioca começou tocando bem a bola, procurando entrar na área adversária pelas pontas e perdendo algumas ótimas oportunidades de gol. E com essa pressão, aos 13 minutos do primeiro tempo, no cruzamento do jovem lateral Pará, o atacante Edgar aproveitou e mandou da cabeça para o gol, Vasco 1 a 0. O time continuou bem e perdeu mais algumas oportunidades claras de gol. O time paranaense começou a melhorar na partida, até mesmo porque precisava da vitória para fugir da 18ª colocação. E conseguiu empatar em uma cabeçada de Alex Afonso, aos 18 minutos. Para piorar a situação da equipe cruzmaltina, Enrico foi expulso aos 40 da etapa inicial, desfalcando a equipe. No segundo tempo, O técnico vascaíno resolveu mudar e tentar dar mais objetividade à equipe, e o time ganhou em velocidade e poder de armação, mas não foi suficiente para evitar o segundo gol do tricolor paranaense, Marcelo Toscano de falta virou o placar. O Vasco continuou um pouco melhor em campo, mas ai veio o golpe fatal em um erro de arbitragem (que foi uns dos aspectos negativos da partida), Dinelson invadiu pela esquerda e chutou para vencer o goleiro vascaíno. O time carioca caiu para terceira colocação e queimou um pouco suas “reservas” nesta competição.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

NOSSA HISTÓRIA PEDE SOCORRO

Notícia elaborada por Pedro Ferreira

Conhecer suas origens é algo bastante importante para qualquer pessoa. Quem e quais foram nossos antepassados? O que fizeram? De onde vieram? Imagine então para um jornalista não saber da sua própria história. Até parece mentira, mas muitos estudantes de Comunicação não sabem que existe, em pleno centro de Niterói, um espaço dedicado à história do jornalismo no país. O Museu da Imprensa Brasileira (MIB) foi inaugurado no dia 02 de Abril de 2002. Funcionando na sede da Imprensa Oficial do Rio de janeiro, ocupa um espaço de 600 metros quadrados. A idéia de sua construção começou em 1988, mas esse sonho levou 14 anos para se tornar realidade. Desde a inauguração, o MIB já recebeu cerca de 10 mil visitantes e seu seu acervo é constituído de exemplares de jornais (o arquivo tem cerca de 3000 diários de todo o país), livros, revistas e documentos que retratam os momentos e a evolução da imprensa no Brasil. Mas o visitante logo percebe que a realidade é outra. Não existe acesso a nenhum tipo de documento ou registro. Então a única opção que sobra é observar os equipamentos lá expostos. Como linotipo, telex, máquinas tipográficas, composers, máquinas de escrever antigas e outros, além de uma réplica de um prelo utilizado durante o século XV. Com a falta de apoio financeiro, o lugar sofre com as ações do tempo, que aos poucos vai castigando o que ainda existe lá. Tamanha sua importância, o espaço não recebe devida atenção e respeito. O Museu da Imprensa Brasileira é o sétimo no mundo a mostrar a história do jornalismo impresso: dois estão na Inglaterra e os demais em Portugal, Japão, Alemanha e Bélgica.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Um Coliseu Moderno

A noite desta quarta feira me fez lembrar os grandes espetáculos romanos, quando nobreza, astros, plebe e feras compareciam para assistir àquele que era o principal atrativo da época. Evidentemente, trata-se de uma alegoria que proponho para dar conta do que representou a partida entre Vasco e Corinthians pelas semifinais da Copa do Brasil. Isso porque, apesar da distância histórica e geográfica, foi assim que enxerguei o Maracanã nesse empate em 1 a 1 entre as duas equipes. Não posso negar que, além do olhar que fica vidrado no campo, a atenção também se dirige para fora das quatro linhas. Comecemos então pela galera (plebe). Foi emocionante assistir ao agito das bandeiras, aos cantos entoados por vascaínos e corintianos – é bem verdade que, dos mais de 72 mil presentes, uma ampla maioria torcia pelo clube carioca, numa festa lindíssima que os jogadores (astros) corresponderam em campo, com muita determinação, disciplina tática e lampejos de criatividade, como foi a lindíssima jogada de Elton no gol de empate cruzmaltino (marcado por Rodrigo Pimpão). Do ponto de vista da organização dentro do gramado, o Coringão foi superior a maior parte do tempo, o que fica evidente a partir da vantagem conseguida no primeiro tempo quando, aos 29, Dentinho abriu o placar para a equipe paulista.
Há também outro ponto que me emociona muito: é quando tenho a oportunidade de levar ao maior do mundo jovens iniciantes que buscam um lugar nesse competitivo mercado de trabalho – competitivo pela abundância de talentos e de preconceito. Ao chegarmos, um primeiro contato com a realeza. Nada mais, nada menos que o maior ídolo vascaíno se juntou a nós para um aperto de mão e uma foto. Ele mesmo, Roberto Dinamite deu um show de simplicidade, simpatia e encorajamento para aquele grupo que estava lá para, antes de tudo, aprender. Mais uma vez, a organização foi um ponto altíssimo: a ACERJ e a FERJ têm sido importantes parceiros nesse projeto de abrir portas para essa “nova geração”. Entrando nas cabines de rádio e de TV, outro ídolo, só que dessa vez corintiano. Do lado de fora da Band, Neto teve comportamento idêntico ao de Roberto. Para a turma, um mix de alegria e entusiasmo tomava conta de todos. Mas, quem achou que eu tinha esquecido feras se enganou. Para fera, o dicionário Aurélio reserva a seguinte definição: (1) animal bravio e carnívoro, (2) pessoa muito cruel. Pois bem, apesar de em número extremamente reduzido (diferente do que acontecia no coliseu romano), eles também vão ao Estádio Mário Filho. Daí que, só sendo um animal muito cruel para desferir toda sua carga de preconceito ao verborrar: “lá vem estes estudantes novamente...” Para não me alongar, fico imaginando se tamanha dose de preconceito foi aprendida na universidade, quando foram estudantes.

A máquina emperrou e o Coringão saiu em vantagem

Por Marcelo Ramos

Na última segunda-feira, um veículo da imprensa escrita colocou em sua manchete a frase: “Máquina Líder”, referindo-se ao time do Vasco. Mas, pelo que vimos ontem, no primeiro jogo da semifinal, contra o Corinthians, a “máquina” cruzmaltina emperrou, porque o time não jogou bem e só não perdeu porque faltaram pontaria e capricho nas finalizações do adversário. O empate foi injusto pelo lado do Coringão, porque a equipe jogava com facilidade e manteve o domínio da partida durante todo o jogo, enquanto o time carioca parecia tenso e sem força de combate, deixando inúmeras vezes o adversário em vantagem numérica em seu campo defensivo, apesar de estar jogando com um esquema 4-4-2 (o Timão jogava no 4-3-3). Ou seja, o meio de campo vascaíno deveria se sobrepor ao corintiano, mas a técnica do time paulista era evidentemente maior do que a vontade da equipe da Colina e isso fez com que várias chances de gol surgissem, até que, aos 29 minutos do primeiro tempo, Dentinho aproveitou uma bobeada da defesa do Vasco e chutou forte para abrir o marcador. O time cruzmaltino continuava perdido e eram raras as chances de gol. No segundo tempo, o técnico Dorival Junior fez algumas modificações e o time cresceu em campo, passando a pressionar a saída de bola do Corinthians, e foi assim que, aos 19 minutos, o time carioca empatou o jogo, em jogada concluída por Rodrigo Pimpão. Empolgado pelo empate, aumentou um pouco a marcação e teve algumas chances de gol. Mas, ao passar do tempo, o Vasco se fechou novamente e passou a assistir o Corinthians tocando bola e perdendo algumas chances. Agora é ver se, em São Paulo, a equipe carioca vai se comportar de maneira mais objetiva e ofensiva porque o empate em 0 a 0 dará a classificação ao time paulista.

Ficou para o segundo Jogo

Por Angélica Rigó

Em uma bonita noite no Maracanã, Vasco e Corinthians se enfrentaram no primeiro jogo das semifinais pela Copa do Brasil. Uma grande partida, com destaque para os goleiros dos dois times, que praticamente garantiram que o placar terminasse em 1 a 1. Na próxima quarta, no Pacaembu, sai um dos finalistas da competição. O time de São Januário não fez um bom primeiro tempo, já que conta com um grupo que não tem experiência em decisão e ainda sentia a falta do jogador Carlos Alberto. A equipe paulista fez uma boa partida na primeira etapa do jogo e conseguiu sair em vantagem para o intervalo, 1 a 0 com gol de Dentinho, aos 29 minutos. Com o início do 2° tempo, a equipe vascaína passou a ser empurrada pelos torcedores que compareceram ao estádio, que teve um público presente de pouco mais que 72 mil pessoas. O time do Rio foi para frente em busca do gol de empate, com isso acabava dando espaços para o time do Corinthians atacar. Até que, aos 18 minutos, o Vasco marcou com Rodrigo Pimpão. Antes do final do jogo, Fernando e Felipe fizeram boas defesas e mantiveram o placar em 1 a 1. No próximo encontro, em São Paulo, Ronaldo, que está machucado, deve retornar a equipe. Já no Vasco, Carlos Alberto não participou do jogo por estar suspenso, mas está confirmado para a partida no Pacaembu. Antes do jogo da semifinal, as equipes ainda jogam no fim de semana, o Vasco vai enfrentar o Paraná pela Série B, enquanto o Corinthians tem o Santos pela frente, na Série A.

No embalo das torcidas

Por Guilherme Souza

Na noite da última quarta feira, Corinthians e Vasco duelaram numa partida de fortes emoções no Maracanã. A torcida do Vasco compareceu em massa e provou que pode lotar o maior do mundo, contagiando a todos. Já a torcida do Corinthians não ficou por deixou por menos, mesmo com um público em menor quantidade, diferente daquela partida entre Fluminense e Corinthians pela Copa do Brasil. Por volta das 21:45h, o Maracanã já estava praticamente lotado, grande parte por torcedores vascaínos. Entra em campo o time do Corinthians, que é aplaudido por sua torcida e vaiado pela do Vasco. Alguns minutos depois, Vasco entra e é ovacionado. Inicia-se o jogo e o que se percebe logo era que o Corinthians, mesmo sem o fenômeno Ronaldo (ausente por uma contusão), estava com a equipe concentrada e uma marcação acirrada a todo o momento, prova disso é que, mesmo na ausência do fenômeno, demonstrou maturidade. Já o Vasco, mesmo com todo o apoio da torcida deixou um pouco a desejar, apesar de perder logo no início do jogo grandes chances de gol. A resposta que muitos temiam veio de Souza em passe para Dentinho, quebra o silêncio e marca o primeiro gol. A torcida corintiana, mesmo em minoria, vai ao delírio. O Vasco busca fôlego e tenta a todo o momento forças para virar o jogo. O primeiro tempo termina com vantagem do Timão (1 a 0). Já no segundo tempo, o Vasco volta com mais garra e determinação, busca artifícios para virar o jogo e tenta evitar a derrota na semifinal. Aos 19, Pimpão recebe de Élton um excelente passe e empurra para as redes: 1 a 1. A festa nas arquibancadas foi geral, e o empate veio com o grito da torcida. Por sorte do Vasco e azar para o Corinthians, Fernando Prass impediu com o pé o gol de Elias. As torcidas marcaram presença até o último momento, porém o empate prevaleceu. Após o término do jogo, na coletiva, Amaral diz que “os jogadores voltaram com mais fôlego e vontade de jogar”. Já o técnico do Corinthians, Mano Menezes, diz que “a equipe precisa dar uma resposta sem o Ronaldo, está mais madura e está mostrando isso, o Ronaldo é um jogador de definição e linha”. Cabe agora aos clubes criarem táticas, desviar o foco do Campeonato Brasileiro e poder pensar só na Copa do Brasil.

O sentimento não pode parar

Por Juliana Santos

Esta frase proclamada várias vezes pelos torcedores vascaínos traduz bem o que se viu no empate em 1 a 1 entre Vasco e Corinthians, no Maracanã. O primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil foi marcado por uma belíssima festa da torcida cruzmaltina. Mesmo em desvantagem, a galera do Timão também compareceu. Conclusão: um espetáculo de arrepiar. Festa à parte, vamos ao jogo, que começou equilibrado, com as duas equipes impondo ritmo acelerado. O Vasco mostrava garra, mas que não se traduzia em oportunidades claras, enquanto o Coringão ia pra cima puxado por Souza (o camisa 43, por sinal, fez uma excelente partida). A superioridade do Corinthians nas armações das jogadas, na marcação e nas conclusões foi provada. Aos 29 minutos do primeiro tempo, com um chute forte, Dentinho marcou 1 a 0. Daí pra frente, o Vasco se abateu e recuou o jogo. No segundo tempo, entrou em campo o 12º jogador do time de São Januário, a torcida, que empurrava a equipe e fazia o Maraca ferver e tremer. O efeito: aos 19, Élton deu um belo passe de calcanhar para Rodrigo Pimpão, que imprensado com Willian , marcou um confuso e formidável gol. O maior do mundo foi ao delírio. Os apaixonados pelo Vasco ainda respiraram fundo com uma grande chance de Ramon, mas ficou assim: 1 a 1. O empate deixa a decisão para o Pacaembu, com o time do Parque São Jorge tendo a vantagem do empate em 0 a 0, isso significa que Vascão tem que ir pra cima se quiser estar na final.
Não posso encerrar essas linhas sem fazer um breve comentário sobre minha visita ao templo do futebol. Emoção indescritível, fascínio e alegria se misturaram a uma grande vontade de aprender. Que festa, mais de 72 mil pessoas reunidas por um único objetivo, torcer! Emoção igual será difícil!

Que Festa, que Jogo!

Por Diego Souza

Pelo primeiro jogo das semifinais da Copa do Brasil, Vasco e Corinthians fizeram uma das festas mais bonitas e um do melhores jogos do ano. O Maracanã, com mais de 70 mil pessoas, não parou de balançar durante os 90 minutos. Ao final da partida, com o placar em 1 a 1, as duas torcidas continuavam cantando, incentivando as equipes para o jogo de volta, na quarta-feira da próxima semana em São Paulo. O Vasco, que se sentia em casa, começou empurrado pela torcida, mas sem conseguir criar boas chances. O time paulista apresentou o mesmo futebol da segunda partida contra o Fluminense, segurou o ímpeto carioca no início do jogo e depois tomou conta do meio de campo. E curiosamente a equipe da Colina cometeu os mesmos erros do Tricolor carioca. Sem saída de bola, a equipe sentia falta do maestro Carlos Alberto e acabou sendo pressionado durante boa parte da etapa inicial. Tanto que, aos 29 minutos, o Timão saiu na frente: Dentinho foi lançado e bateu na saída de Fernando, que nada pode fazer. Até o fim da primeira parte do jogo, as torcidas seguiam duelando para ver quem cantava mais alto. Na etapa final, logo aos cinco minutos, o técnico Dorival Júnior fez duas substituições que mudaram a postura vascaína. A partir desse momento, o Vasco começou a pressionar o time do Parque São Jorge que só conseguia ameaçar com contra-ataques. O Maracanã balançava com a torcida cruzmaltina que a essa altura engolia a torcida visitante de tanto cantar. O time de São Januario chegou ao empate aos 18 minutos em linda jogada, Paulo Sérgio na linha de fundo cruzou para Elton que deu lindo passe para Pimpão empatar o jogo e explodir o estádio de alegria. Com o jogo em igualdade, as equipes ainda trocaram boas jogadas, com destaque para uma defesa de cada goleiro em chutes à queima roupa. Fernando pegou chute de Elias e Felipe pegou uma bola de Elton. Em uma festa como essa não seria justo nenhuma torcida sair triste. A Fiel comemora o empate fora de casa; a do Vasco o bom segundo tempo e a esperança da classificação para final.

Maracanã se transforma no caldeirão vascaíno

Por Leandra Barros

No primeiro jogo de Vasco x Corinthians, pela semifinal da Copa do Brasil, em pleno Maracanã, o resultado foi um empate de 1 a 1. Embora os cariocas sacudissem o maior do mundo na busca por impressionar, o Vasco demonstrou claramente a ausência do jogador Carlos Alberto. Aos 29 minutos do primeiro tempo, com o jogo já controlado pelo Corinthians, o Timão saiu na frente. Após falha do jogador Amaral, que errou ao tentar fazer a linha de impedimento, Dentinho ficou livre para fazer o passe de Jorge Henrique que marcou. O Maracanã silenciou-se, dando a voz à pequena torcida visitante e ao domínio do Coringão, que tinha um Souza em noite inspiradíssima. A sentença foi do próprio Mano: “Foi à melhor atuação de Souza em jogos oficiais, a bola obedece aquilo que fazem de bom para ela” declarou o treinador corintiano.
No segundo tempo, Dorival Júnior, logo nos primeiros minutos, substituiu Jeferson e Nilton por Enrico e Mateus, respectivamente. O alvinegro paulista desperdiçou boas chances e o Vasco correu atrás do prejuízo. Com a ajuda da torcida, aos 18 minutos, empatou o jogo com gol de Rodrigo Pimpão, na jogada em que Elton recebeu de Paulo Sérgio, na grande área, e deixou de calcanhar para Pimpão que conduziu e se preparou para chutar dividido com William e a bola acabou entrando.
Se antes da partida não havia favorito, como declarou Rodrigo Pimpão à imprensa durante a semana, parece que a ausência de Carlos Alberto foi um dos principais motivos para o cruzmaltino não sair desse empate em 1 a 1. Para o técnico vascaíno: o time sentiu a ausência do Carlos, procuravam por ele, mas não achavam. Ele complementa o Vasco, enquanto o Ronaldo acrescenta ao Corinthians”, argumenta Dorival. Os dois times devem poupar suas principais estrelas para a partida da próxima quarta-feira (03/06) no Pacaembu. O Vasco volta a campo nesse sábado para enfrentar o Paraná, pela Série B. Já o Corinthians enfrenta o Santos pela quarta rodada da Série A, também no fim de semana.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Descupem pela demora. Para quem quiser conferir, os textos sobre a partida entre Fluminense x Corinthians já foram postados (com data de 21/05). Vale à pena lê-los. Abraço a todos, WCB.

Jornalista, torcedor, cidadão

Duas notícias nos chocaram esta semana: a primeira falava sobre um jornalista que insistiu em torcer da Tribuna de Imprensa do Maracanã; a segunda, que torcedores partiram para a agressão contra jogadores do Fluminense, em pleno treino. Pois bem, quais os problemas nas duas situações? Sabemos que o homem é um ator social (até aí nenhuma novidade) e que esse ator desempenha vários papéis (sociais, é claro). Isso, trocando em miúdos, significa dizer que um mesmo ator pode ser, ao mesmo tempo, pai, filho, cônjuge, estudante, professor, psicólogo, médico, policial, jornalista, torcedor... Imaginem eu gritando com a minha filha, lendo o lide para que ela aprenda a lição da escola! Poderia continuar apresentando as multifaces de um ser humano, mas nos interessa explorar algumas das características já citadas aqui. Evidentemente que não há como ser jornalista e esquecer para que time torce. Isso acabaria celebrando o tal do sujeito cartesiano, sem contar que o mito da objetividade teria triunfado, como se já não valessem as críticas de Nelson Rodrigues. Mas, isso não significa que não devemos ter consciência do papel social que desempenhamos em cada momento do nosso dia. Quando uso o espaço destinado à imprensa (no caso do Maracanã, a Tribuna de Imprensa), preciso ter a exata noção do personagem que ali está. Se quiser torcer, compro o ingresso e vou para as arquibancadas incentivar ou criticar meu clube de coração. Assim, soa como ignorância ou cinismo usar o espaço destinado aos jornalistas para me manifestar como torcedor.
Aliás, por falar em torcedor, este também deveria conhecer o seu lugar no processo. Como tal, o sujeito está apto para (novamente) incentivar ou criticar um elenco, jamais para agredir os jogadores que, como profissionais, merecem respeito como qualquer outra categoria. Novamente recorramos à imaginação: seria possível um morador agredir a um síndico se avaliasse que ele não estava desempenhando suas funções adequadamente? E o escriturário, poderia ter a mesma atitude com seu chefe? Ou o jornalista, por discordar de um veto do editor? Nosso objetivo aqui não é ditar normas de comportamento. Muito pelo contrário. O que buscamos ao longo desses anos de formação profissional é lutar para que nossos direitos como cidadãos sejam respeitados. Se avaliar que o jogador pode ser agredido por não desempenhar suas funções da maneira que gostaríamos, ou ainda, que posso usar das prerrogativas que tenho como jornalista para ser um torcedor privilegiado, qual seria a minha posição diante de um delegado de polícia que vai a uma partida de futebol, torcendo pelo time adversário, e me enquadra pelo uso de palavras que julgue inadequadas? Naquele momento, ele é um cidadão como outro qualquer, um torcedor, não o delegado. Respeito ao outro é fundamental, por isso a nossa indignação contra os episódios do Maracanã e das Laranjeiras e nosso total apoio à Associação dos Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro (ACERJ) e aos jogadores do Fluminense Football Club.

domingo, 24 de maio de 2009

Se a melhor defesa é o ataque...

... O Botafogo está com problemas. O time fez sua terceira partida pelo Brasileirão e ainda não venceu. Na tarde de hoje, o alvinegro foi derrotado pelo Grêmio (2 a 0) no Estádio Olímpico, em Porto Alegre. Os gaúchos mantiveram o controle do jogo, sendo superiores o tempo todo. Pelo tricolor, Jonas foi o jogador mais perigoso. Deu passes, marcou a saída de bola do alvinegro e teve sua atuação contemplada no segundo tempo ao marcar o primeiro gol a favor dos donos da casa. Ao time da estrela solitária restou lamentar a falta cobrada por Juninho, que bateu na trava (no primeiro tempo, ele já havia feito outra cobrança, defendida por Victor), e assistir à belíssima jogada do segundo gol gremista: numa rápida troca de passes entre Douglas Costa, Maxi López e Fábio Santos, este último empurrou a bola para o fundo das redes. O elenco comandado por Ney Franco deu clara demonstração de que precisa de reforços. O mais imediato deve ser volta de Reinaldo, que tem feito muita volta ao ataque, uma vez que Victor Simões nem de longe lembra aquele atacante que brilhou na Taça Guanabara.... O Flamengo tem o que comemorar. O time venceu o Santo André esta noite, jogando em São Paulo, pelo placar de 2 a 1. Os gols do preto e vermelho foram marcados por Josiel (Ricardo Conceição descontou para os donos a casa, ainda no primeiro tempo). Dessa vez, o time carioca conseguiu refletir a sua superioridade no placar, apesar de sofrer pressão em determinados momentos da partida. Com um esquema bem definido, o técnico Cuca lançou Everton Silva e Everton nas alas direita e esquerda, respectivamente (nos lugares de Léo Moura e Juan), que acabaram criando boas jogadas de linha de fundo. Num desses cruzamentos, o camisa nove desencantou, fazendo o 1 a 0. O empate no final da primeira etapa quase complicou a vida do time carioca, mas, aos 20 minutos do segundo tempo, num contra-ataque velocíssimo, Ibson lançou Josiel que encobriu o goleiro Neneca. Com a vitória, o rubro-negro subiu para a décima posição. Na próxima rodada, o clube da Gávea espera subir mais alguns degraus na tabela, pois enfrenta o Atlético Paranaense, no Maracanã, em partida que marcará a volta do imperador Adriano.

Liderança na Série B e tubarão no Maracanã

Por Marcelo Ramos

O Vasco da Gama jogou em casa contra o Atlético Goianiense e venceu pelo placar de 3 a 0. O destaque foi Carlos Alberto que, com seus dribles e jogadas, acabou por pendurar cinco adversários, sendo um deles expulso ainda no primeiro tempo. O jogo tecnicamente foi fraco e o time cruzmaltino jogou de forma lenta, deixando a sensação de estar com a cabeça na partida de quarta-feira, contra o Corinthians, pela semifinal da Copa do Brasil. Os goianos tiveram ainda algumas boas chances, aproveitando a apatia da equipe carioca, mas esbarraram em Fernando Prass. No final do primeiro tempo, o atacante Elton escorou de cabeça uma bola cruzada pelo Paulo Sérgio em cobrança de falta e abriu o marcador. Na etapa final, Dorival Junior, que parecia insatisfeito com o rendimento da equipe, fez algumas modificações. O jogo continuou moroso e o time do Atlético chegou a ser superior ao do Vasco. Porém, após uma bela arrancada de Nilton (um dos nomes do jogo), o meia passou a bola para Edgar que carregou e marcou o segundo gol. Já nos acréscimos, Ramon aproveitou uma bola pela esquerda e foi até a linha de fundo e tentou o cruzamento, a bola enganou o goleiro e entrou a sua direita, 3 a 0. Com a vitória o time a liderança da Série B do Brasileirão.
O Fluminense recebeu o Santos no Maracanã e tomou uma goleada inesperada da equipe paulista (4 a 1). O tricolor começou jogando bem e exercendo uma forte marcação pelo meio e tentando abrir suas jogadas pelas pontas, e foi assim que surgiu o gol do Fluminense: bola cruzada da esquerda, a marcação santista não cortou e Mariano aproveitou, mandando para o fundo da rede. Fred ainda teve a chance de ampliar logo depois, mas a bola saiu caprichosamente à direita da trave adversária. O Peixe acordou e partiu em busca do resultado, equilibrou o jogo e conseguiu o empate com Molina, em cobrança de falta. No segundo tempo, o time das Laranjeiras não conseguiu imprimir ritmo de jogo e seguiu tentando desempatar em jogadas de contra-ataques, mas foi o Santos que ampliou a vantagem, com um gol do baixolinha Madson, ex-Vasco, e novamente em boa jogada de Molina que encontrou o companheiro livre para tirar de Fernando Henrique e empurrar para o gol. O time santista cresceu mais ainda e o técnico Vagner Mancini decidiu colocou Neymar no lugar de Molina, e ele, em sua primeira jogada, fez o passe para Madson que cruzou e encontrou Kleber Pereira sozinho na área do Fluminense para marcar, Santos 3 a 1. O time carioca continuava perdido e a equipe paulista seguia como um rolo compressor e foi assim que o atacante Kleber Pereira marcou mais um, o último da goleada santista. Final de jogo, vitória maiúscula do Peixe e a certeza de que o Fluminense precisa se organizar e contratar jogadores para algumas posições carentes do time.