sábado, 6 de junho de 2009

Acendeu o sinal amarelo

Por Marcelo Ramos

O time do Vasco da Gama jogou em São Januário contra o São Caetano e ficou apenas no empate (0 a 0). Pelo que demonstrou em campo, está na hora de rever alguns conceitos, pois acendeu o sinal amarelo, dando o alerta de que a equipe está começando a cair de rendimento e consequentemente na tabela de classificação. No primeiro tempo, o time do ABC paulista não ameaçou em momento algum. Mas, mesmo dominando a partida, a equipe cruzmaltina não conseguia chegar com perigo. O goleiro adversário trabalhou apenas em duas oportunidades, numa cabeçada de Elton, depois de belo cruzamento do Paulo Sérgio e num chute do Ramon. No restante, apenas o Vasco rondando a área do Azulão, mas errando sempre o último passe, demonstrando mais uma vez que o setor de armação de jogadas não pode depender apenas de Carlos Aberto. O ponto fraco do primeiro tempo foi a entrada desleal de Elton sobre Iran, ocasionando a expulsão do atleta vascaíno e consequentemente do técnico Dorival Junior, por reclamação. No segundo tempo, a equipe carioca continuou dominando o jogo, porém com a ausência de um jogador, o setor de ataque ficou ainda mais deficiente. O time paulista conseguiu equilibrar as ações e passou a dominar as jogadas, concentrando o time no campo de ataque, mas errando ao tentar penetrar pelo meio. Apesar das substituições em ambas as equipes, o jogo seguiu assim até o seu final, o que não foi bom nem para o Vasco, que caiu para o quarto lugar, e muito menos para o São Caetano, que está a um ponto da zona o rebaixamento.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Esse é o sentimento que tem de parar!

Por Marcelo Ramos

O sentimento de impotência de torcedores (de fato e de direito) que ficam expostos à violência em dias de jogos dos seus clubes do coração. O sentimento de impunidade em relação àqueles que deveriam pagar pelos seus erros, sejam torcedores, jogadores, dirigentes ou outras pessoas ligadas ao futebol. O sentimento de abandono, quando o presidente da CBF diz que apenas a polícia tem a responsabilidade em ocorrências como a briga de torcidas. O sentimento de frustração, quando ouvimos a arbitragem dizer que tem o direito de errar (e que “errar é humano”) e ficar mais uma vez impune e influenciar diretamente no resultado de uma partida. Temos que dar um basta, todos nós temos a responsabilidade de tentar acabar com essas questões. O torcedor de verdade tem que sair das organizadas e passar a torcer por seus clubes, sem o uso da força e sem se esconder atrás destas facções que se comportam como se fossem máfias, clãs ou alguns destes ridículos grupos que só servem para denegrir a imagem do esporte mais popular do planeta. A CBF, que irá ajudar a realizar uma Copa do Mundo, tem que se reunir com os órgãos competentes para se chegar a um acordo onde seriam verificadas todas as possibilidades para se reverter este quadro, valorizando o futebol e dando credibilidade ao nosso país. As Polícias (Militar, Civil e Federal) deverão atuar de forma conjunta e integrada para que façam um trabalho de reconhecimento e desmantelamento das torcidas organizadas, devolvendo a paz e diminuindo a chance de confrontos entre os que se dizem “torcedores”. Os dirigentes dos clubes, que dão ingressos às torcidas para que estas vão aos jogos e também cedendo espaços em suas sedes para a guarda de materiais, e dentre estes materiais muitas vezes estão as “armas” usadas nos conflitos com as facções adversárias, também precisam se posicionar. Os Tribunais Desportivos não devem ficar julgando todo e qualquer caso, pois se baseiam e imagens posteriores às partidas para condenar jogadores, técnicos e dirigentes, mas que depois absolvem ou dão efeitos suspensivos aos mesmos, tornando não confiável as suas ações. Os jogadores não deveriam incitar as torcidas em dias de jogos com declarações que venham a motivar a disputa entre elas ou então revidando com agressões os dribles tomados. Tudo deve ser feito em prol da volta dos grandes jogos e do surgimento dos craques – estes deverão ser os astros e estrelas das competições e não as notícias que estão sendo veiculadas atualmente. E é aí que entra o papel da imprensa. Esta deverá dar menor foco a estes acontecimentos, pois, do contrário, apenas estarão alimentando um clima de tensão, ódio e vingança entre os ditos torcedores organizados. Parem e pensem, é este o clima que devemos mostrar ao mundo em 2014?

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O sonho da Libertadores acabou...

Por Marcelo Ramos

...mas o sentimento não pode parar! Isso porque o Vasco da Gama saiu de cabeça erguida do confronto contra o Corinthians, no Pacaembu, pela semifinal da Copa do Brasil (0 a 0). A equipe cruzmaltina começou trocando passes e estudando o adversário, porque, apesar de saber que o empate sem gols favorecia o adversário, não podia se descuidar na defesa – um gol do time paulista, praticamente seria impossível reverter, dada a igualdade entre os times. A jogada mais perigosa do Vasco foi uma cabeçada do atacante Elton, que Felipe mandou para escanteio, após fazer excelente defesa. O Timão atuava em contra-ataques, mas Ronaldo desperdiçou duas boas chances: uma no começo da partida; outra em que Fernando Prass defendeu. Foi um primeiro tempo tenso e de muito equilíbrio, mas sem muitas chances de gol. No segundo tempo, os cariocas partiram para o ataque, já que precisavam de um gol pelo menos para manter as suas chances na competição. No lance mais polêmico da partida, o zagueiro Chicão puxou escandalosamente a camisa de Elton dentro da área, pênalti não marcado por Leonardo Gaciba, que irritou a todos. Com a saída de Carlos Alberto, o Corinthians cresceu em campo e desperdiçou três oportunidades claras de gol. O Vasco manteve o seu esquema, mas com a carência de um jogador de armação, correu, brigou, mas não conseguiu encontrar o caminho do gol alvinegro. Pelo lado paulista, Ronaldo ainda perdeu um gol incrível ao tentar driblar o goleiro vascaíno, este foi mais esperto e conseguiu desviar. Com o apito final, ficou a certeza de que o Vasco em breve estará de volta à elite do futebol nacional. Já o Coringão precisa melhorar se quiser ganhar do Internacional nas finais da competição.

domingo, 31 de maio de 2009

Rio se rende à monarquia durante regime republicano

Desde o fim do regime imperial no Brasil, não se ouvia tanta euforia para saudar a nobreza como a que vimos hoje no Maracanã: “Ôôôô o imperador voltou!” Foi assim que 71.762 presentes ao Estádio Mário Filho receberam Adriano, em sua reestréia com a camisa do rubro-negro carioca, e o neto da dona Vanda não decepcionou seus súditos. Logo aos seis minutos, ele recebeu cruzamento da esquerda e quase marcou. Aos oito, só não abriu o marcador porque o goleiro do Atlético/PR fez ótima defesa. Mas o gol não demorou a sair. Novamente em cruzamento de Juan, o imperador tentou chegar na bola, mas o zagueiro Antônio Carlos se antecipou e acabou fazendo contra (Fla 1 a 0). Até então, o rubro-negro paranaense parecia apenas um convidado de luxo para o baile da realeza, uma vez que o domínio do Flamengo era evidente. Fim da primeira etapa e a promessa: “Vou jogar mais uns 20 minutos no segundo tempo”, garantiu o atacante carioca.Para o Atlético, antes o camisa 29 não tivesse voltado, pois ainda no primeiro minuto, ele recebeu ótimo passe de Leo Moura, que foi à linha de fundo e cruzou na cabeça imperial, que aumentou a vantagem carioca (2 a 0). A partir daí, o time do técnico Cuca tomou o controle da partida. Houve várias trocas de passes entre Adriano e Emerson, o que fazia com que o Flamengo chegasse sempre com perigo ao gol paranaense. Não fosse a lambança do árbitro Leonardo Gaciba, que marcou pênalti inexistente de Toró em Márcio (Rafael Moura cobrou e diminuiu, 2 a 1), o clube da Gávea poderia ter chegado ao final da partida sem tantos sustos: “O placar de 2 a 1 é perigoso até o último minuto, mas felizmente somamos mais três pontos”, avaliou o técnico do mais querido do Brasil. Perguntado ainda sobre a atuação do reforço rubro-negro, Cuca foi só elogios: “ele nos surpreendeu jogando os 90 minutos. Agora é descansar bastante para recuperar as energias. Temos uma semana de trabalho pela frente e a tendência é que ele evolua mais ainda”, avaliou.

“Aflitos” pelo empate no fim do jogo

Por Marcelo Ramos

O Fluminense, representado por alguns jovens valores, estava aflito pelo apito final. O jovem Maicon ficou aflito depois de derrubar Anderson Lessa na área. O técnico Parreira ficou aflito por não conseguir vencer mais uma partida fora de casa (vitória que lhe daria um pouco de tranqüilidade durante a semana). E ambos os times estavam aflitos pelo estado lastimável do campo de jogo. O tricolor começou o jogo impondo certa pressão e conseguindo que o Náutico se defendesse mais do que atacasse. Aos 9 minutos do primeiro tempo, uma das promessas tricolores, o lateral direito Diogo lançou uma bola perfeita para o atacante Fred, que invadiu a área e chutou cruzado, marcando 1 a 0 para os cariocas. O jogo seguiu de forma acelerada, mas, com o gramado ruim, os times não conseguiam tocar a bola e perdiam tempo tentando jogadas de contra-ataque. Porém, o Timbu se tornou mais agressivo e o Fluminense preferia jogar recuado e tentar alguns ataques no erro do adversário. Thiago Neves ainda chutou uma bola na trave aos 40 da etapa inicial, faltando pouco para a equipe carioca ampliar o marcador. No segundo tempo, o que se viu foi um jogo daqueles de nossa época de garoto, ataque contra defesa. O Náutico partiu pra cima do time das Laranjeiras após algumas mudanças do técnico Waldemar Lemos, porém abria espaços para algumas investidas do Fluminense, que quase ampliou o marcador em duas tentativas. A torcida inflamava os jogadores do time nordestino e estes correspondiam com vontade e força, até que, aos 49 minutos do segundo tempo, acabou a aflição da galera, Maicon inocentemente derrubou o adversário na área e o Timbu converteu a penalidade e empatou o jogo. O time das Laranjeiras lamenta alguns erros de arbitragem, mas o que vale é o resultado final (1 a 1) e a 12ª colocação na tabela de classificação do campeonato.

Rio é uma das sedes de 2014

Ao som de "ôôôôô o imperador voltou!" o Rio de Janeiro é anunciada como uma das cidades sedes da Copa do Mundo de 2014.