Vitórias da retranca e da inoperância

Com duas propostas antagônicas, Flamengo e Internacional fizeram um bom jogo esta noite no Maracanã. Diante de um público superior a 50 mil pagantes, o que se viu foi um time buscar o ataque enquanto o outro se preocupava em anular as ações ofensivas rubro-negras, que também esbarrou mais uma vez na falta de produtividade do seu ataque. Pelos menos nesse confronto das quartas-de-final, a Copa do Brasil precisará aguardar até o jogo de volta no Beira-Rio (20/05). No time da Gávea, destaque para Ibson, Kléberson, Williams, Toró e Bruno, que fez três defesas maravilhosas (no mesmo lance, nos últimos minutos) e teve seu nome gritado pela torcida. Já o colorado optou por se defender (às vezes abusando das faltas), deixando seus atacantes um pouco isolados. Do trio de ouro gaúcho, Taison e D’Alessandro parecem não ter vindo ao Rio. Não fosse pelas reclamações, o argentino talvez não fosse notado em campo. Registro negativo foram as três cotoveladas dadas por Bolivar em Everton (no início do segundo tempo) que o árbitro e os assistentes ignoraram. O empate em 0 a 0 num clássico com esses acaba não dando muita vantagem a nenhuma das equipes. Na avaliação de Cuca, sem olharmos o retrospecto do Inter no ano, o resultado não foi de todo ruim: “Se levarmos em conta que anulamos as principais jogadas de ataque do adversário e seus principais jogadores, o resultado deixa indefinida a busca pela classificação. Vamos ao sul em busca de uma semi-final que será importante para o clube”. Em Porto Alegre, o time do técnico Tite precisará fazer gols sem levar nenhum. Se o rubro-negro fizer pelo menos um, obrigará a equipe da casa a vencer o confronto.